6 maneiras terríveis que o mundo realmente poderia acabar

Mundo

Não é uma questão de “se”, mas de quando. Acabar, o mundo vai mesmo, seja por uma catástrofe cósmica daqui a 7 bilhões de anos, seja por má conservação dos atuais locatários dessa bola azul – nós. Veja as possibilidades mais prováveis.

As criaturas que hoje habitam a Terra são apenas uma pequena fração de todas que já existiram. E as razões para seu sumiço são as mais diversas.

A maior probabilidade, então, é que o mundo vai acabar temporariamente diversas vezes nos próximos milhões de anos – e muito provavelmente levar a gente junto. Dependendo da causa, pode até mesmo acontecer em breve.

1. O núcleo derretido da Terra pode esfriar

A Terra é cercada por um escudo magnético protetor chamado de magnetosfera. Esse campo que nós protege, é gerado pela rotação da Terra, que faz com que uma espessa camada de ferro líquido e níquel (o núcleo externo) gire em torno de uma bola sólida de metal (o núcleo interno), criando um dínamo elétrico gigante.

O trabalho da magnetosfera é desviar partículas energéticas que emanam do Sol, mudando seu tamanho e forma à medida que é atingida.

A inundação resultante de partículas de alta energia que atingem o ar na Terra, pode provocar belas auroras ou, às vezes, perturbadoras tempestades geomagnéticas.

2. O Sol poderia começar a morrer e se expandir.

Quando o Sol chegar ao fim de sua vida, daqui a 7 bilhões de anos, ele vai crescer até ocupar 3/4 do céu. Será tanto calor que as montanhas derreterão.

O aumento da radiação solar provocará a evaporação de toda a água da Terra. O acúmulo de vapor aumentará ainda mais a temperatura e terminaremos não muito diferentes de Vênus, com temperaturas de 400 °C.

Depois vai piorar. Quando o Sol chegar ao fim de sua vida, daqui a 7 bilhões de anos, ele vai crescer até ocupar 3/4 do céu.

Será tanto calor que as montanhas derreterão. E depois o Sol aumenta mais um pouquinho, engolindo a Terra. A única saída seria ir empurrando o planeta para cada vez mais longe do Sol, no mesmo ritmo em que ele esquentasse.

3. Bilhar estelar

O Universo parece até um lugar relativamente organizado, quando contemplamos belas imagens do espaço. Pois ele é tudo, menos isso.

O tempo todo coisas estão se chocando umas com as outras. A probabilidade de uma estrela colidir com o Sol, enquanto ambos giram em sua órbita ao redor do centro da Via Láctea, é baixíssima. Mas não é preciso que elas batam para fazer o estrago.

Se uma estrela passar relativamente perto da outra, pode ser o suficiente para desestabilizar a órbita dos planetas – a Terra incluída. Seria sem dúvida o fim para nós.

“Um evento desses costuma acontecer na nossa região da galáxia a cada 10 mil anos”, destaca Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Universidade do Vale do Paraíba, em São José dos Campos. “Mas, como a área em que está o Sol é relativamente vazia, o risco é menor.”

4. Supernova

Supernovas são os eventos mais energéticos do Universo. Quando uma estrela se torna supernova (ou seja, explode), pode brilhar mais do que uma galáxia inteira, que em geral contém centenas de bilhões de estrelas – Andrômeda, nossa vizinha, tem 1 trilhão… Na nossa modesta Via Láctea, que abriga um pouco menos de 400 bilhões de sóis, pipoca uma supernova a cada 100 anos.

Se uma acontecesse perto de nós, a energia da explosão poderia acabar conosco. Se não destruindo o planeta inteiro, pelo menos banhando-o em tanta radiação que nenhuma forma de vida poderia resistir.

E o pior: há uma estrela dupla, chamada Eta Carinae, que está a 7,5 mil anos-luz de distância e prestes a explodir.

É próximo o bastante para causar estragos na Terra – o que não dá para saber é o tamanho dos danos que os raios energéticos da explosão da estrela pode causar. Agora, uma ressalva: “prestes”, em astronomia, é nos próximos 30 mil anos.

5. Um belo de um asteroide  

Há mais de mil deles perto da Terra, esperando a hora de cair. Sim os astrônomos estimam que existam mais ou menos 1.100 mil desses bólidos com 1 km de diâmetro mais passando rotineiramente pelas redondezas da Terra – todos com o potencial de causar uma catástrofe planetária.

Astrônomos têm trabalhado duro para descobrir esses objetos – já foram encontrados cerca de 800. O Brasil também está engajado nessa busca, com um telescópio instalado em Pernambuco, cujo objetivo é justamente monitorar esses pedregulhos. E acompanhá-los é preciso, embora não muitos astrônomos façam esse esforço após a descoberta inicial.

6. Um aquecimento global de proporções venusianas

Você até já enjoou de ouvir falar em aquecimento global, o fato de que o mundo deve esquentar 4 ou 5 °C nos próximos 100 anos. Ok. Mas e se forem 400 °C?

É o que o efeito estufa causou em Vênus, onde faz 480 °C. À noite… Isso pode acontecer aqui? “A humanidade está engajada num experimento maciço e descontrolado no clima terrestre”, afirma o biólogo David Grinspoon, um especialista em estudos planetários.

“A investigação de Vênus deu aos cientistas novos lampejos sobre como responder a uma questão básica: quão estável é o clima terrestre?” A resposta mais confiável até agora: não sabemos.

Fontes:

[IFLSC]

Super Interessante

[Curiosidades]