Como descobrimos novos exoplanetas a anos-luz de distância

Exoplanetas

Como descobrimos exoplonetas? Um exoplaneta é um planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol e, desta forma, pertence a um sistema planetário distinto do nosso.

Até 2 de julho de 2020, eram conhecidos 4281 exoplanetas em 3163 sistemas, com 701 sistemas tendo mais de um planeta. Em 2020, havia 4 920 candidatos à espera de confirmação.

Existem algumas formas de detecção de exoplanetas, porém, vamos nos resumir em apenas  três métodos para não deixar o artigo muito longo.

1. Método do Trânsito

Uma das formas de procurar exoplanetas é detectar a diminuição de brilho quando eles passam na frente da estrela que eles orbitam.

Quando isso acontece se dá o nome de trânsito, caracterizado por uma ligeira diminuição do brilho da estrela durante a travessia que nos permitirá obter alguns parâmetros do sistema planetário.

A partir desse método tem como saber o tamanho do planeta e sabendo período da orbita da para saber a proximidade e a massa.

2. Espectroscopia Doppler

A detecção da perturbação do planeta sobre a estrela pode ser observada através de medidas da velocidade radial da estrela.

Esta técnica é também conhecida como a espectroscopia Doppler, visto que a velocidade radial da estrela é calculada tendo em conta o efeito de Doppler.

Quando a estrela se aproxima da Terra, há um blueshift em termos de frequências no espectro de absorção da estrela, enquanto que se estiver a afastar, há um redshift no espectro (imagem).

O efeito Doppler também ocorre em ondas mecânicas, sendo um exemplo representativo os sons que se ouvem quando um carro de fórmula 1 se aproxima e se afasta do “observador”:

quando se aproxima o som torna-se mais agudo, quando se afasta torna-se mais grave. Por outras palavras, a frequência do som é maior na aproximação e menor no afastamento.

No caso da radiação electromagnética, fala-se em blueshift (desvio para o azul) e redshift (desvio para o vermelho), porque a luz azul tem maior frequência que a luz vermelha, pelo que um “desvio para o azul” significa simplesmente um desvio para maiores frequências, e “para o vermelho” um desvio para menores frequências.

Os dados desta técnica permitem inferir sobre o semi-eixo maior da órbita do planeta, bem como estimar um limite inferior para a massa do planeta.

Esta tem sido a técnica mais bem sucedida no que toca a descobertas de exoplanetas, no entanto é preciso ter cuidado com a análise dos resultados, visto que algumas estrelas apresentam atividade sísmica na sua superfície.

O que leva a que o seu espectro de absorção também tenha um carácter periódico de desvios para o vermelho e para o azul, sem que porém haja qualquer planeta a induzir essas variações.

3. Astrometria

O movimento da estrela e do planeta em torno do seu centro de massa faz com que a posição da estrela no céu não seja fixa mas oscile periodicamente.

Astrometria é o método de detecção de planetas mais antigo de todos, usada desde 1938. Este método consiste em medir o movimento da estrela em busca da influência gravítica causada pelos planetas.

Infelizmente nem os nossos melhores telescópios nos permitem obter medições fiáveis, e apenas foi possível até hoje usar este método para confirmar a descoberta de planetas pela técnica das velocidades radiais.

Para saber mais assista ao vídeo abaixo de canal Nerdologia:

Referências:

https://goo.gl/4Zj1sb

https://goo.gl/Fvtreh

[Astronomia]

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