Existe mesmo um projeto para uma base na Lua?

Não é uma novidade que uma base na lua seria útil. Principalmente se quisermos colonizar outros planetas.

E o primeiro passo já foi dado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem oficial para que a NASA coloque em andamento os projetos que preveem a instalação de uma base na Lua, território que não voltou a ser pisado pelo homem desde 1972. Trata-se de uma etapa preliminar às missões tripuladas a Marte.

Trump cumprimenta o ex-astronauta Jack Schmitt do Apollo 17, um dos últimos a pisar na lua (AP Photo / Evan Vucci)

“A diretriz que estou assinando hoje reorientará o programa espacial dos EUA voltado à exploração humana e às descobertas. Marca a primeira fase do retorno dos astronautas norte-americanos à Lua pela primeira vez desde 1972”, afirmou Trump durante cerimônia na Casa Branca.

Entre outros detalhes, o líder norte-americano revelou que a missão envolve a instalação de “uma base para uma eventual viagem a Marte”. Ele fez o anúncio na companhia do diretor interino da NASA, Robert Lightfoot, e de Peggy Wilson, a primeira mulher astronauta a dirigir a Estação Espacial Internacional.

Onde poderia ser localizada essa base?

Não seria possível viver meses dentro de uma roupa espacial, isso seria desconfortável de diversas formas. E nem mesmo essa roupa confere o grau de proteção necessário para estadias tão longas.

A solução sugerida veio dos engenheiros da Universidade de Tokai, no Japão. Usar o próprio relevo da lua a nosso favor.

Com base em dados colhidos há cerca de uma década pela sonda Selene – lançada pelo Japão em 2007 –, eles identificaram imensas cavernas subterrâneas, dentro das quais um ser humano estaria, até certo ponto, protegido das intempéries.

A Clarabóia Marius Hills, conforme observado pela equipe de pesquisa japonesa SELENE / Kaguya.
Imagem de: NASA / Goddard / Arizona State University (Goddard / Arizona State University / NASA)

Esses túneis, com espessos tetos de rocha, foram formados pela passagem de lava há bilhões de anos, quando o satélite era geologicamente ativo, e têm alguns quilômetros quadrados de área livre em seu interior.

 

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