Qual é a pior maneira de morrer, de acordo com a ciência?

Morrer

Que todos nós iremos morrer, isso é fato. Mas perturbador mesmo, é pensar que estamos suscetíveis a sofrer com qualquer tipo de morte.  Mas a natureza pode ser cruel e espetacularmente horrível.

Aqui está uma seleção de cinco maneiras verdadeiramente horríveis e acidentais de morrer, e a ciência por trás delas.

1 – Os crânios perdidos da Roma antiga

A morte por fluxo piroclástico – não é uma maneira  muito agradável de morrer.

erupção do Vesúvio em 79 foi uma das mais conhecidas e catastróficas erupções vulcânicas de todos os tempos. As cercanias romanas de Pompeia, Herculano, Estábia e Oplontis foram afetadas, com Pompeia e Herculano sendo completamente destruídas.

Dois fluxos piroclásticos engolfaram Pompeia, queimando e asfixiando os habitantes que não foram capazes de fugir. Oplontis e Herculano receberam a maior parte dos fluxos, sendo soterradas por uma cinza fina e pelos depósitos piroclásticos.

Morrer
O último dia de Pompéia. Karl Bryullov / Wikimedia Commons; Domínio público

2 – O acidente de Byford Dolphin

A Byford Dolphin é uma plataforma de petróleo construída nos anos 70. Atualmente ela é operada pela BP, a petroleira infame pelo vazamento no Golfo do México.

Em 5 de novembro de 1983 a plataforma estava perfurando perto da Noruega.  Vários mergulhadores trabalhavam no campo de gás Frigg com a ajuda de um sino de mergulho, uma câmara rígida Isso é projetado para levar os mergulhadores a profundidades perigosas.

Um dos mergulhadores  abriu uma das travas das portas da plataforma antes que a pressão tivesse sido equalizada. O ar da cabine sob 9 atmosferas saiu violentamente pras outras câmaras, matando instantaneamente todos os mergulhadores que estava no ambiente.

Um dos mergulhadores se chamava Truls Hellevik. Ele estava do lado da porta por onde o ar passou, ou seja, sofreu a maior exposição dos efeitos da descompressão explosiva.

O Hellevik literalmente explodiu de dentro pra fora por causa da expansão súbita dos gases dentro do corpo dele, tamanho era o gradiente de pressão.

E não é só isso. Além de ter explodido, os restos mortais do Hellevik foram expelidos por uma passagem de menos de 60 centímetros de diâmetro formada pela porta emperrada da câmera onde ele estava.

Morrer
Byford Dolphin é uma plataforma de petróleo

3 – Torça para que um raio não te atinja nem mesmo uma vez

As chances de morrer por um raio, são cada vez menores- um em 1.083.000 em um determinado ano nos EUA, por exemplo. É mais provável que você morra caindo das escadas.

Mas ainda não é impossível conforme publicado pela Popular Science, um relatório, publicado em 2017, explica como um homem morreu por “apenas” isso.

Trabalhando ao lado de um pilar metálico, uma tempestade claramente decidiu que seu tempo acabou.

70% de seu corpo experimentaram queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau e o estudo observa que “o cadáver revelou uma rigidez incomum, que não poderia ser superada pela força manual.

4 – Dissolvendo em um vaso vulcânico quente

Era para ser um simples passeio em um dos parques mais famosos dos Estados Unidos.

Um jovem com a sua irmã, Sable, estavam curtindo as fontes termais de Norris, no Parque Nacional de Yellowstone, no noroeste dos EUA, quando Colin escorregou e caiu dentro de uma delas. Minutos antes, os irmãos haviam abandonado o caminho designado para os visitantes.

A equipe de resgate localizou o corpo de Colin numa fonte, mas não conseguiu retirá-lo porque estava escurecendo e uma tempestade de raios se aproximava.

No dia seguinte, o corpo tinha desaparecido no líquido ácido e fervente, que pode alcançar temperaturas de mais de 90 ºC.

Temperatura da água no Parque de Yellowstone pode passar de 90 graus Celsius. O parque é, na verdade, um supervulcão. Imagem : AFP GETTY

5 – Morte por Boomslang

A Boomslang é um raro exemplo de uma cobra cujos dentes se encontram na parte posterior do maxilar superior, que pode matar humanos.

enquanto examinava uma jovem boomslang, Schmidt foi mordido no polegar. Como ninguém sabia o quão mortífera é essa cobra, Schmidt continuou trabalhando.

Em apenas um dia, ele morreu de parada respiratória e hemorragia cerebral; um evento que rapidamente estimulou pesquisadores a examinar o veneno desta serpente, que sem surpresa acabou por ser altamente tóxico.

O veneno desta serpente faz de você um personagem de um filme macabro de terror. É hemotóxico, o que significa que destrói as células vermelhas do sangue, perturba o processo de coagulação e provoca degeneração dos tecidos e órgãos.

O que isto significa é que, infelizmente, uma hemorragia maciça segue, fazendo com que a vítima sangre pelas gengivas, nariz e outros orifícios.

Às vezes, o corpo da vítima fica azul por causa da hemorragia interna generalizada. Aumentando ainda mais o sofrimento, o processo pode ser extremamente lento, às vezes levando 5 dias para que a vítima morra de hemorragia interna.

Fonte:

IFSCIENCE

Referências:

https://goo.gl/UphJpF

https://goo.gl/gpKgdD

BBC

[Ciência]