Os nossos queridos cachorros são derivados dos lobos. Embora hoje já sejam muito diferentes, é um fato que já foram uma coisa só. Construímos essa diferença toda com o passar do tempo.
Ao mesmo tempo que alguns grupos de lobos ajudavam os humanos, ficavam também cada vez mais dependentes.
Além disso, a seleção artificial, feita pelos humanos, moldou a aparência dos cachorros, ao longo de milhares de anos de convivência.
O experimento
O experimento consistiu em testar o comportamento dos animais sozinhos. O companheiro do lobo ou do cachorro o deixou sozinho em um lugar desconhecido por três minutos.
Dessa forma, os pesquisadores analisaram a resposta do animal frente ao breve “abandono”.
“Ficamos surpresos com a pouca diferença entre o comportamento dos lobos e dos cachorros durante o teste”, explica Tamás Faragó, autor principal do estudo.
“Quando seu treinador – ou dono, no caso dos cachorros – estava presente, eles ficavam mais calmos, passavam o tempo explorando as redondezas e farejando.
Mas quando foram deixados por seu treinador, eles se estressaram, gemeram e puxaram a guia em direção ao esconderijo”.
Outro teste que os cientistas realizaram foi pedir para que um estranho deixasse os cachorros ou lobos sozinhos em um local desconhecido.
Nesses casos, o comportamento do animal praticamente não mudou. Ou seja, a agitação era uma resposta de apego.
Embora o lobo e o cão se comportem, de maneira geral, de forma semelhante, obviamente há diferenças.
O cachorro, conforme o estudo, demonstra maior curiosidade e apego com humanos no geral, já que são naturalmente mais condicionados a esse comportamento e possuem uma inteligência social mais acurada.
Os lobos são carinhosos somente com o seu humano emocionalmente mais próximo.
“É importante enfatizar a criação e a socialização intensiva de nossos lobos”, explica Lenkei.
Ela ainda ressalta o fato de que a socialização não é um traço genético do lobo, mas apenas do cão domesticado, e que “ o cão não é apenas um lobo domesticado, enquanto o lobo nunca se tornará um animal de estimação”.
O estudo foi publicado no periódico Scientific Reports. Com informações de Science Alert e Eötvös Loránd University.
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