2% das pessoas podem não ser capazes de reconhecer rostos

Danos ao cérebro são as causas mais comuns para o surgimento da prosopagnosia nos pacientes

“Andar pela rua e ser cumprimentada por alguém que você não se lembra quem é ou de onde o conhece. Pode ser uma falha na memória, que na sequência traz a resposta. Mas a resposta pode não ser tão simples assim.”

“Embora acometa cerca de 2% da população mundial, os riscos aumentam em pessoas que sofrem lesões cerebrais, como um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Prosopagnosia  é um distúrbio cognitivo que resulta na incapacidade de reconhecer pessoas familiares pelo rosto. Pode ser tão grave que os pacientes ainda têm dificuldade em reconhecer o rosto de amigos, entes queridos ou familiares.

Origem hereditária?

Tradicionalmente, a prosopagnosia está mais relacionada a casos de lesões ou traumas no cérebro, mas há situações em que a condição possa surgir em pessoas sem nenhum histórico de lesão.

Antes que a pessoa possa ser diagnosticada com a prosopagnosia, é preciso excluir outras condições que também atrapalham o reconhecimento de faces:

Pessoas que têm baixo nível perceptivo ou cognitivo, deficiências intelectuais, histórico de doenças psiquiátricas,
Transtorno do espectro do autismo (TEA).

Primo menos conhecido

Na verdade, essa condição tem um primo menos conhecido e pouco pesquisado, chamado fonagnosia, que resulta na incapacidade de reconhecer as vozes de pessoas familiares.

Estima-se que mais de 3% das pessoas podem nascer com fonagnosia, a maioria das quais nem sequer percebem que a têm. Psicólogos da Universidade do Sul da Califórnia entrevistaram 730 participantes. Desses, acredita-se que 23 entrevistados tenham fonagnosia.

Uma pesquisa na web mostrou aos participantes quatro fotos de uma pessoa famosas, como um político, músico ou ator. Foi garantido que o participante conhecia todas essas pessoas de antemão.

Em média, as pessoas tinham 76% de precisão na identificação da voz das celebridades. No entanto, 3,2% da amostra pontuaram mais de 2,28 desvios padrão inferiores a isso.  O estudo foi pequeno, por isso é difícil aplicar esses achados a toda a população.

Para saber mais: Bugs no Cérebro – Jovem Nerd

[Gazeta do Povo], [IFLSCIENCE], [Saúde]