Localizado no Oceano Pacífico (próximo as Ilhas Marianas, na fronteira entre as placas tectônicas do Pacífico e das Filipinas), o local é chamado de a Fossa das Marianas, chegando a atingir a profundidade de 11.034 metros.
O homem chegou nesse local pela primeira vez em 1960, através de um batiscafo — veículo submersível para a exploração de águas profundas que é capaz de suportar intensa pressão — com apenas dois mergulhadores.
Depois disso, o assunto ficou um pouco esquecido, até que em 1995 um robô submarino passou a explorar o lugar novamente, sendo deixado de lado novamente.
Eis que, em 25 de março de 2012, o ilustre e premiado cineasta hollywoodiano James Cameron, responsável pelos sucessos de bilheteria Titanic, Avatar, O Exterminador do Futuro, etc.
Fez uma expedição e mergulhou nas maiores profundezas do planeta, realizando um sonho de infância em “Deep Sea Challenge”, documentário que acompanha o diretor em um mergulho mirabolante na Fossa das Marianas.
Pelas imagens capturas por Cameron podemos perceber a beleza escondida na escuridão. Embora já se tenha desvendado muitos segredos, ainda há muito à ser explorado.
1. Fossa das Marianas e as trincheiras da Segunda Guerra Mundial
O que o solo do lugar mais profundo dos oceanos tem em comum com as trincheiras da Segunda Guerra Mundial? Ambas são, ou eram, lamacentas, úmidas e cheias de restos mortais.
As criaturas que têm o infortúnio de chegar nas profundezas da fossa, tendem a não sobreviver à pressão extremamente elevada. E aquelas criaturas que simplesmente morrem, seja no chão, ou a muitos quilômetros acima, acabam indo parar nas profundezas.
A pressão extrema e a ausência de microrganismos que promovam a decomposição dessas criaturas fazem com que o solo desse lugar seja um verdadeiro lamaçal de restos mortais.
2. Pressão esmagadora
A coluna de água que está sob a Fossa das Marianas produz uma pressão realmente descomunal. Imagine 50 aviões empilhados sobre o seu corpo, essa é a melhor forma de ilustrar a pressão de 8 toneladas por centímetro quadrado. E mesmo nessas condições, há vida florescendo naquela região.
3. O Monte Everest poderia ser colocado lá dentro e ainda sobraria espaço
O lugar mais profundo dos oceanos comportaria o Monte Everest inteiro e ainda sobrar mais de 2 quilômetros de folga. Nem mesmo as linhas áreas comercias conseguiriam bater os 11 quilômetros de profundidade da fossa.
4. Está cheia de resíduos
Sabendo como o ser humano descarta seu lixo na superfície, seria um surpresa descobrir que até mesmo no lugar mais profundo dos oceanos há lixo?
Nos anos setenta, parte da Fossa das Marianas foi usada como lugar de descarte de lixo farmacêutico. Aparentemente, em apenas cinco anos, quase 390 mil toneladas de lixo foram depositadas na trincheira.
Além disso, também foi encontrado um gerador termoelétrico de radioisótopos que foi descartado pelo foguete da missão lunar Apollo 13.