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5 técnicas da neurociência para memorizar qualquer coisa

Não quer mais esquecer prazos, nomes, datas, informações? Confira dicas da ciência para aguçar a sua capacidade de recordar

1. Brinque de professor com um amigo

Você só vai memorizar uma informação se fizer algo de prático com ela, diz em palestra do TED o professor Peter Doolittle, da Universidade Virginia Tech.

Uma das melhores maneiras de fazer isso é explicar aquele conteúdo para uma outra pessoa, como um amigo que está estudando para o mesmo concurso público que você, por exemplo. Para dar sua “aula”, você precisará organizar, filtrar e reproduzir a informação, o que facilita a memorização.

Um par de artigos publicados em 2007 nos periódicos acadêmicos Science e Intelligence traz uma possível evidência desse fato. Segundo os estudos, os filhos primogênitos em média têm QI mais alto do que os caçulas.   A razão? Provavelmente porque eles passaram boa parte da infância ensinando diversas coisas para seus irmãos mais novos.

2. Brinque de professor consigo mesmo

Não há nenhuma pessoa disponível para ouvir a sua “aula” sobre o conteúdo que precisa memorizar? Sem problemas, você pode fazer isso sozinho.

Para tornar esse exercício solitário mais estimulante, faça perguntas a si mesmo sobre o material. Especialistas em educação da Universidade de Michigan recomendam parar de vez em quando a leitura de uma apostila, por exemplo, e se questionar: “Quais são as informações principais deste trecho?”. Falar em voz alta, seja para fazer perguntas, seja para respondê-las a si mesmo, ajuda muito.

Um trabalho publicado em 2010 no “Journal of Experimental Psychology” indica que a produção oral tem impacto significativo sobre a retenção de informações.

3. Pegue lápis e papel

Em tempos dominados por computadores e smartphones, cada vez menos pessoas cultivam o hábito de registrar informações à mão. O antigo método, contudo, é excelente para a memorização.

Ao usar o teclado ou a tela touch de um celular, processamos a escrita de forma mais superficial do que quando desenhamos as palavras com um lápis, , dizem estudiosos das universidades de Princeton e da Califórnia.

Então, pode esquecer o Word: da próxima vez que precisar decorar alguma coisa, procure um bom pedaço de papel. Tanto faz se você vai escrever um texto corrido ou desenhar um esquema com flechas. O importante é transformar a informação a ser gravada em um registro manuscrito.

4. Pense como um pintor surrealista

A Persistência da Memória é uma pintura de 1931 de Salvador Dalí. A pintura está localizada na coleção do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque desde 1934.

Um bom método para facilitar a retenção de uma informação é visualizá-la em um contexto inusitado, engraçado ou até surreal. Para compreender isso, imagine que você precisa decorar o nome de uma pessoa que você acabou de conhecer em um evento de networking: Joana Pontes, por exemplo.

Tente imaginar esse sobrenome, Pontes, dentro do rosto de Joana, sugere o especialista em memória Chris Moulin ao site “The Mirror”: pode uma ponte entre a orelha e a boca, por exemplo, ou alguma outra imagem digna de um quadro de Salvador Dalí.

Parece loucura? Pensar como um pintor surrealista, na verdade, pode ser bastante útil. Segundo Carla Tieppo, neurocientista e professora da Santa Casa de São Paulo, quanto mais nos espantarmos com uma imagem mental, mais chances ela terá de ser absorvida pelo cérebro de forma duradoura.

5. Transforme tudo em música

Já parou para contar a quantidade de canções que você sabe de cor? Tem ideia de como as letras ficaram gravadas com tanta facilidade no seu cérebro? O segredo é a melodia por trás delas.

Não é por outro motivo que os professores de cursinho adoram criar paródias musicais para transmitir temas como a tabela periódica dos elementos químicos. Quando envolta em melodia, qualquer informação pode ser gravada mais facilmente.

Um estudo de pesquisadores norte-americanos e alemães mostrou que a criação de um padrão rítmico e melódico é um excelente auxiliar das funções cognitivas. Um experimento com portadores de esclerose múltipla sugere que o estímulo musical incrementa a “codificação profunda” durante o aprendizado verbal.

Seja para memorizar uma informação nova, seja para ser mais produtivo no trabalho, a audição de música tem efeitos surpreendentes. “Ela faz algo provavelmente único: estimula o cérebro de um modo poderoso a partir da nossa conexão emocional com ela”, resume a neuropsicóloga Catherine Loveday ao site do jornal “The Guardian”.

Fonte :

 Exame.com

Veja também: Como seria a Terra se o ser humano não tivesse evoluído e sobrevivido até hoje?

 

Categorias: Ciência
Davson Filipe: Davson Filipe é Técnico em Eletrônica, WebDesigner e Editor do Realidade Simulada - Blog que ele próprio criou com propósito de divulgar ciência para o mundo. Fascinado pelas maravilhas do universo, sonha em um dia conhecer a Nasa.
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