Um holograma é uma imagem de três dimensões impressa num suporte de duas dimensões; nosso universo pode ser assim também.
É isso que sugere um estudo publicado na Physical Review Letters por pesquisadores de cinco universidades diferentes do Reino Unido, Itália e Canadá.
Esse tipo de radiação pode ser estudada graças a avanços recentes da ciência de telescópios. Ao estudá-la, no entanto, os cientistas encontram problemas que não podem ser explicados e causam conflito entre a teoria da Relatividade Geral de Einstein e a mecânica quântica.
De acordo com o site Phys.org, uma explicação holográfica do universo permitiria reconciliar essas duas teorias.
Universo holográfico
Pensar no universo como um holograma gigante pode parecer estranho, mas não é algo tão distante assim. Outra comparação possível é um filme em 3D:
embora o filme seja projetado em uma tela plana, nós podemos colocar óculos e perceber a profundidade dos objetos filmados.
É possível, da mesma forma, que toda a informação que há no nosso universo exista em um plano de duas dimensões, e que nós conseguimos, a partir delas, perceber uma terceira dimensão.
A diferença é que, para nós, essa dimensão projetada é “real” e nós conseguimos senti-la.
Graças ao estudo recém-publicado, há quase tantos indícios de que essa ideia é verdadeira quanto de que o modelo tradicionalmente aceito do universo é verdadeiro.
Isso porque ela é capaz de se encaixar nas duas teorias mais amplamente aceitas da Física (a da Relatividade Geral e a mecânica quântica) melhor até do que outras explicações.
Esse modelo ainda “faz predições que nós podemos testar conforme refinamos nossos dados para melhorar nosso entendimento teórico ao longo dos próximos cinco anos”, segundo Niayesh Afshordi, o principal autor do estudo.
Isso poderá trazer mais indícios de que o universo é um holograma enorme, o que, por sua vez, poderá nos ajudar a entender (e a manipular a nosso favor) as leis do universo.