Os astrônomos descobriram um planeta gigante que, segundo eles, não deveria existir, de acordo com as teorias atuais
Um planeta semelhante a Júpiter, que é extraordinariamente grande em comparação com sua estrela-mãe, foi descoberto por astrônomos, e contradiz um conceito amplamente aceito sobre a forma como os planetas se formam.
As descobertas foram reveladas por uma equipe internacional de astrônomos à revista Science.
“É emocionante, porque há muito tempo nos perguntamos se planetas gigantes como Júpiter e Saturno podem se formar em torno de estrelas tão pequenas”, diz Peter Wheatley, da Universidade de Warwick, no Reino Unido.
A estrela-mãe fica a 284 trilhões de quilômetros de distância, é uma anã vermelha do tipo M – o mais comum em nossa galáxia. A descoberta desafia a ideia amplamente difundida de formação de planetas, conhecida como acreção, segundo informações do site BBC.
“Geralmente pensamos em planetas gigantes que começam a vida como um núcleo de gelo, orbitando um disco de gás ao redor da estrela jovem e depois crescendo rapidamente, atraindo gás para si”, disse Wheatley.
“Mas os autores argumentam que os discos ao redor de pequenas estrelas não fornecem material suficiente para que isso aconteça.
Em vez disso, consideram mais provável que o planeta tenha se formado repentinamente quando parte do disco entrou em colapso devido a sua própria gravidade”, completou.
Hubert Klahr, do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha, afirmou a descoberta irá fazer os cientistas reavaliarem os atuais conceitos.
“agora temos um candidato extraordinário para um planeta que poderia ter surgido da instabilidade de um disco em torno de uma estrela com muito pouca massa. Essa descoberta nos leva a revisar nossos modelos”, diz Klahr.