Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, mostraram que é possível usar células-tronco humanas para curar diabetes em ratos em apenas algumas semanas.
O tratamento manteve a doença afastada por pelo menos 9 meses e até mais de 1 ano em alguns ratos
A ideia surgiu em 2019, quando os pesquisadores descobriram que usar essas células poderia ser uma opção melhor de tratamento.
A novidade, porém, é a forma de transformá-las em outros tipos de células. No novo método, além de produzir uma porcentagem maior das células alvos, as fazem mais funcionais que do jeito antigo.
Quando colocadas nos ratos diabéticos, seus níveis de açúcar no sangue se estabilizaram, deixando-os curados da doença por até nove meses.
Os ratos receberam diabetes usando uma substância conhecida como estreptozotocina. As células humanas foram então implantadas nos animais, onde começaram com sucesso a controlar os níveis de açúcar no sangue dos roedores, curando funcionalmente a doença.
Após essa primeira fase de testes, os próximos passos da pesquisa são testar o uso das células tronco em animais maiores para, posteriormente, iniciar testes em humanos.
O elemento chave da pesquisa é a produção das células secretoras de insulina. A ativação de células-tronco com um tipo específico em mente também arrisca a produção de células de tipos indesejados.
No caso de células beta, outras células pancreáticas ou hepáticas também podem se formar. Pesquisas mostram que elas não são prejudiciais, mas também irrelevantes, diminuindo o valor terapêutico geral da abordagem.
A equipe construiu uma nova técnica baseada no citoesqueleto de actina
Esse sistema fornece e traduz sinais bioquímicos para as células e melhorando a compreensão de como isso funciona, os cientistas descobriram uma maneira melhor de produzir apenas as células certas.
“Neste estudo, estabelecemos uma ligação entre o estado do citoesqueleto de actina e a expressão de fatores de transcrição pancreática que determinam a especificação da linhagem pancreática”, escrevem os autores no artigo.
Ainda é cedo, então levará muito tempo até que este tratamento possa ser aplicado aos seres humanos. Muito mais testes serão necessários em modelos animais antes que os ensaios clínicos possam começar.
Fonte:
[Saúde]