Asteroide Oumuamua pode ser o pedaço de um planeta destruído

Oumuamua

Oumuamua foi o primeiro objeto interestelar (ISO) já descoberto a atravessar o Sistema Solar em 2017 , mas sua origem permanece misteriosa.

O que também permanece inexplicável são várias de suas características incomuns, incluindo sua estranha forma de charuto.

Um novo estudo tem uma teoria para resolver todas essas incógnitas com uma única explicação: Oumuamua é um fragmento de um planeta destruído por uma estrela.

Embora os pesquisadores observem que não precisa ser exatamente um planeta

Dois pesquisadores publicaram um artigo na revista Nature Astronomy, onde mostram qual poderia ser a origem do Oumuamua.

Os astrônomos rodaram complexas modelagens computacionais para explicar as propriedades estranhas do Oumuamua. O que eles descobriram é que muito provavelmente, o Oumuamua, é um pequeno pedaço de um corpo parental maior.

Os modelos sugerem que quando um objeto, que pode ser um cometa, ou até mesmo um planeta como uma Super-Terra, passou muito perto da sua estrela, as intensas forças de maré romperam o objeto criando fragmentos.

Esses fragmentos, depois de aquecidos durante a passagem perto da estrela, esfriaram novamente, e nesse resfriamento eles podem ter assumido a forma que o Oumuamua nos apresentou.

Com essa passagem próxima da estrela, os fragmentos foram então acelerados e expulsos do seu sistema estelar original e alguns podem ter vindo parar aqui no Sistema Solar.

Os astrônomos acreditam que isso seja algo comum de acontecer e acreditam também que está cheio desses objetos por aí, nós só não os identificamos ainda.

Algumas coisas interessantes

A primeira delas, é que esse tipo de ruptura, nós mesmos já testemunhamos aqui no Sistema Solar, quando o Cometa Shoemaker-Levy 9, lá em 1994, ao se aproximar de Júpiter foi destroçado criando vários pedaços que depois colidiram com o planeta.

Outro ponto interessante que pode ser considerado se esse objeto passou pela zona habitável da sua estrela e se essa estrela tinha um planeta com vida, essa pode ser uma maneira da vida se espalhar pelo universo.

Esse tipo de fenômeno poderia explicar também o que acontece com a estrela de Tabby.

Ou seja, pode-se criar uma nuvem desses objetos arrebentados ao redor da estrela e isso pode fazer o brilho da estrela variar muito, mesmo que esses objetos não sejam arremessados para fora do seu sistema estelar original.

Devem existir muitos desses objetos por aí, vagando, mas nós não temos, hoje a capacidade de detectá-los.

Assista ao vídeo abaixo do canal Space Today para saber mais:

Fonte:

IFLSCIENCE

[Astronomia]