O teletransporte é possível? Sim, no mundo quântico

Teletransporte quântico

Nova pesquisa foi a primeira que demonstrou teletransporte com elétrons

“Beam me up” é uma das frases de efeito mais famosas da série Star Trek. É o comando emitido quando um personagem deseja se teletransportar de um local remoto para a Starship Enterprise.

Embora o teletransporte humano exista apenas na ficção científica , o teletransporte é possível no mundo subatômico da mecânica quântica, mas não da maneira normalmente descrita na TV.

O teletransporte quântico (ou emaranhamento quântico) permite que as partículas se afetem, mesmo que não estejam fisicamente conectadas. Esse fenômeno já era previsto pelo famoso físico Albert Einstein.

No ano passado, os cientistas confirmaram que as informações poderiam ser passadas entre fótons em chips de computador, mesmo quando os fótons não estavam fisicamente ligados.

Recentemente, cientistas mostraram que pares de fótons – partículas elementares sem massa – poderiam formar emaranhados de qubits (ou bits quânticos), a unidade básica de informação quântica. Essa descoberta sugeriu que esses qubits poderiam transmitir informações via teletransporte quântico

A nova pesquisa, no entanto, marca a primeira vez que essa situação foi demonstrada usando elétrons individuais para formar qubits, em vez de fótons.

O teletransporte quântico é um meio importante para transmitir informações na computação quântica

Permitir que os elétrons utilizem interações quantum-mecânicas a distância, sem interagirem entre si, pode revolucionar o desenvolvimento de computadores quânticos.

Enquanto um computador comum consiste em bilhões de transistores, chamados bits, os computadores quânticos codificam informações em bits quânticos ou qubits.

“Elétrons individuais são qubits promissores porque interagem muito facilmente entre si, e qubits de elétrons individuais em semicondutores também são escaláveis”, diz Nichol.

No entanto, passar essas informações por longas distâncias ainda é um grande problema. “A criação confiável de interações de longa distância entre elétrons é essencial para a computação quântica”, concluiu o pesquisador.

Fonte:

Phys.org

[Física]