Na última terça-feira (15), cientistas da Nasa e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa), nos Estados Unidos, confirmaram o início do 25º ciclo solar.
Segundo os especialistas, o mínimo solar, momento em que as atividades da estrela diminuem, foi observado em dezembro de 2019, indicando o início da nova etapa.
“Conforme emergimos do mínimo solar e nos aproximamos do máximo do Ciclo 25, é importante lembrar que a atividade solar nunca para”, disse Lika Guhathakurta, cientista da Divisão de Heliofísica da Nasa, em declaração à imprensa. “Ela muda de forma como um pêndulo oscila.”
O Sol é uma enorme bola de gás quente eletricamente carregada cuja matéria se move, gerando um poderoso campo magnético. A cada 11 anos, aproximadamente, os polos norte e sul da estrela se invertem — e esse fenômeno é considerado um ciclo solar.
Em cada uma dessas etapas, a estrela do Sistema Solar passa por fases mais “tranquilas” e outras um pouco mais “agitadas”. Erupções solares e ejeções de massa coronal aumentam durante o ciclo solar, gerando explosões poderosas que enviam grandes quantidades de energia e matéria para o espaço.
Monitorar esses ciclos, portanto, é importante não apenas para compreendermos o funcionamento do Sol, mas também porque esses picos de atividade podem afetar a vida na Terra:
como explicam os especialistas, erupções solares podem impactar as comunicações de rádio e interferir nas redes de eletricidade. Além disso, elas podem prejudicar os astronautas que estejam na Estação Espacial Internacional (ISS) no momento.
Assim, monitorar os ciclos solares é essencial para proteger os satélites e os astronautas, principalmente, e para fazer planejamento de futuras missões espaciais. “Não há mau tempo, apenas má preparação”, observou Jake Bleacher, da Diretoria de Exploração Humana e Missão de Operações da Nasa. “O clima espacial é o que é. Nosso trabalho é nos prepararmos.”