A distorção de Mercator aumenta com a distância do equador em direção aos polos, o que causa deformações significativas para alguns países.
Por exemplo, a África parece ter o mesmo tamanho da Groenlândia, quando na verdade tem 14 a 15 vezes o tamanho!
Outro exemplo: a Antártica parece ser o maior continente do mundo, quando na realidade é apenas o quinto (em área).
Este infográfico abaixo mostra todos os países do mundo destacados do globo, com suas proporções exatas, sem as distorções geométricas
A versão em alta resolução (site do Art. Lebedev Studio): https://bit.ly/2O8dHww
Então, por que esta projeção é tão predominante?
O principal mérito da projeção de Mercator foi a sua capacidade de representar uma loxodromia cartograficamente como uma reta.
Por esse motivo, sua obra é amplamente utilizada para a navegação até os dias atuais.
Ela foi criada em 1569 pelo belga Gerardus Mercator e é uma projeção do tipo cilíndrica.
É como se, para desenhar o mapa, o globo terrestre fosse enrolado por um cilindro imaginário.
Dessa forma, os ângulos dos territórios são conservados. O problema é que, para compensar isso, as áreas dos países começam a se distorcer a medida que aumentamos a latitude.
Ou seja, quanto mais próximo dos polos Norte e Sul, maiores eles irão parecer.
A projeção de Mercator foi importante para as Grandes Navegações e o uso das bússolas – mas nada como a tecnologia para fazer uma pequena reparação histórica.
Uma crítica que essa projeção recebe é o fato de ela possuir um caráter eurocêntrico.
Se considerarmos o contexto histórico-geográfico no qual ela foi elaborada, podemos compreender melhor essa questão.
Afinal, sua elaboração aconteceu em um momento em que as expansões marítimas europeias estavam em seu clímax, de modo que as regiões do sul do planeta não eram consideradas “importantes”, podendo ter suas áreas distorcidas sem problemas.