Cientistas encontraram tumbas no Egito de antes da época dos faraós

Tumbas

Arqueólogos encontram tumbas de 5 mil anos no Egito

Durante escavações no sítio Koum el-Khulgan, na província de Dakahlia, no Egito, arqueólogos desenterraram 110 tumbas com restos mortais de adultos e crianças, que datam de três períodos de ocupação do Delta do Rio Nilo.

O anúncio das descobertas foi feito na terça-feira (27), pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.

Em um primeiro trecho, os pesquisadores localizaram 68 tumbas em formato oval, provenientes do período pré-dinástico (6 mil a 3150 a.C), que antecedeu o início da monarquia faraônica egípcia.

Em uma publicação no Facebook do ministério egípcio, Ayman Ashmawy, Chefe do Setor de Antiguidades Egípcias, conta que dentro das tumbas estavam indivíduos mortos em posição agachada.

Também foi encontrado no local o corpo de um bebê dentro de um vaso de cerâmica.

Segundo a agência Associated Press (AP), as escavações também levaram os especialistas até outras 37 tumbas retangulares do Segundo Período Intermediário (1782 a 1570 a.C), durante o qual o povo semita Hicsos governou o Antigo Egito.

Das 37 tumbas, 31 delas tinham profundidades que variavam entre 20 a 85 centímetros, de acordo com o Ministério do Turismo e Antiguidades.

Além do mais, os arqueólogos encontraram próximo aos achados um caixão de barro em um túmulo de uma criança e dois compartimentos funerários infantis feitos de tijolos também de barro.

Móveis funerários, vasos de cerâmica e um brinco de prata se destacaram entre as descobertas nas 37 tumbas.

Mas, no sítio arqueológico como um todo, também foram achados vários artefatos como louças, fornos e amuletos.

Chamaram a atenção dos estudiosos outras cinco tumbas ovais, cuja origem é do terceiro período nacadano, que ocorreu de 3,2 mil a 3 mil anos a.C.

A época é marcada pelo surgimento dos primeiros hieróglifos, de importantes práticas de irrigação e da unificação do Estado Egípcio.

No período nacadano, muitas áreas do Delta do Nilo se dedicaram ao comércio com o Oriente Próximo, mas a região foi de extrema importância ao longo de toda a história egípcia.

Mustafa Waziri, Secretário-Geral do Conselho Supremo de Antiguidades, afirmou que as descobertas são “um importante acréscimo histórico e arqueológico ao local”, segundo a publicação do Ministério egípcio.

Assista a reportagem completa no vídeo abaixo:

Fonte:

Revista Galileu

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