Buraco negro mais próximo da Terra está entre os menores já descobertos

Menores

Astrônomos identificaram o buraco negro mais próximo da Terra já descoberto até hoje.

O objeto, que está localizado a 1,5 mil anos-luz de distância de nós, na Via Láctea, também é um dos menores buracos negros dos quais se tem registro.

O achado foi publicado nesta quarta-feira (21), na revista acadêmica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Os autores da pesquisa apelidaram o buraco negro de “O Unicórnio”, devido à sua raridade e pelo fato dele estar localizado na Constelação de Monoceros, que também é chamada popularmente pelo nome do animal mitológico.

A pesquisa, liderada pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, utilizou dados de sistemas de observação astronômica como o KELT (Kilodegree Extremely Little Telescope), que fica no próprio estado de Ohio.

Além do mais, foram incluídas informações do instrumento ASAS (All Sky Automated Survey), do Chile; e do satélite TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite), da Nasa.

Vale lembrar que não é possível enxergar buracos negros com facilidade, pois seu campo gravitacional é tão intenso que a luz não escapa de ser engolida por ele.

Um dos menores já descobertos

Mesmo assim, os astrônomos puderam observar uma estrela gigante vermelha que estava sendo orbitada pelo objeto. O brilho dela até mudava de intensidade por causa do “Unicórnio”.

Esse efeito de “interferência” na estrela é chamado de distorção de maré e por meio dele os astrônomos supuseram que havia algo afetando o astro luminoso.

Foi aí que chegaram à conclusão de que se tratava de um buraco negro – e bem pequeno, com 3 vezes a massa do Sol.

“Assim como a gravidade da Lua distorce os oceanos da Terra, fazendo com que os mares se projetem em direção e para longe da Lua, produzindo marés altas, o buraco negro distorce a estrela em forma de bola de futebol americano com um eixo mais longo que o outro” explica Todd Thompson, coautor do estudo, em comunicado.

Os astrônomos só consideraram recentemente a possibilidade de que buracos negros bem menores pudessem existir.

Há cerca de 18 meses, alguns participantes do estudo publicaram outro artigo, na revista Science, que trouxe fortes evidências sobre a existência desses objetos de pouca massa.

Fonte:

Revista Galileu

[Astronomia]