Muito antes das pirâmides, era assim que o povo do Egito se parecia
Um projeto recente realizou a reconstrução facial de um ser humano que viveu no Egito há 30.000 anos, antes mesmo da construção das pirâmides.
Esse trabalho foi realizado pelos arqueólogos Moacir Elias Santos e pelo designer 3D Cícero Moraes, ambos do Brasil, utilizando um esqueleto quase completo encontrado em Nazlet Khater 2, Egito. O jovem, de ascendência africana e provavelmente na casa dos 20 anos, tinha cerca de 165 centímetros de altura.
Embora o crânio apresentasse características “modernas”, como habilidades cognitivas semelhantes aos humanos de hoje, algumas características “arcaicas” também foram observadas, incluindo uma mandíbula maior em comparação com os humanos modernos.
Após capturar a forma do crânio por meio de fotogrametria, as partes faltantes foram reunidas utilizando diversas técnicas científicas.
Este é o rosto de um homem que viveu há cerca de 30.000 anos no Vale do Nilo.
Como o ato de reconstrução facial usando apenas um cérebro não é uma ciência exata, os pesquisadores tiveram que utilizar alguma licença artística para determinar como seriam os tecidos moles, como músculos e gordura, no rosto do indivíduo. Portanto, a dupla criou duas imagens finais: uma objetiva e científica e outra subjetiva e artística.
Esse ser humano teria vivido como caçador-coletor, armado apenas com ferramentas de pedra e seu cérebro. Os primeiros assentamentos permanentes só sobreviveram cerca de 25.000 anos depois, em 6.000 aC.
O Egito Antigo, famoso por sua cultura altamente complexa e proezas arquitetônicas, é frequentemente retratado como um mistério profundo, mas os investigadores começam a ter uma ideia mais clara do que aconteceu.
O estudo foi publicado na OrtogOnline.