Os EUA teriam, segundo um analista do think tank dos EUA, RAND Corporation, um louco plano para parar momentaneamente a rotação do planeta — o “Project Retro”
“O oficial que originou esta proposta imaginou que, se os nossos [dos EUA] radares do Sistema de Alerta Antecipado de Mísseis Balísticos (BMEWS) relatassem nas enormes telas de visualização do NORAD um grande voo de mísseis vindos do Polo Norte da União Soviética — visando os nossos campos de mísseis em Dakota do Norte e do Sul, Wyoming, Montana e Missouri — a série de mísseis Atlas seria acionada, o mais próximo possível ao mesmo tempo, para parar a rotação da Terra momentaneamente”, escreveu Daniel Ellsberg, de acordo com o Daily Grail, no seu livro de 2017 que recorda o momento histórico.
Mas como é que os foguetes conseguiriam tal proeza?
Não conseguiriam, e Ellsberg explica porquê.
“A ideia era “um gigantesco conjunto de mil foguetes Atlas serem presos firmemente à Terra numa posição horizontal”. À medida que os mísseis se aproximavam, os foguetes disparariam, parando a rotação do planeta por tempo suficiente para os mísseis nucleares adversários passarem por cima dos seus alvos.
“Os mísseis soviéticos, na sua navegação inercial, contornariam ou sobrevoariam os alvos pretendidos. A nossa força de retaliação em Terra estaria a salvo, para realizar — presumivelmente, quando as coisas se acalmassem e a Terra voltasse a girar normalmente — um ataque de retaliação contra as cidades e alvos militares fracos na União Soviética.”
No entanto, o estrategista fez os cálculos e percebeu que seriam necessários não mil, mas mil biliões destes foguetes. Além disso, o propulsante necessário seria de “cerca de 500 vezes a massa da atmosfera da Terra”.
O que aconteceria se o plano fosse levado a cabo pelos EUA?
O término momentâneo do movimento de rotação da Terra causado por este plano maléfico dos EUA constitui uma cadeia de acontecimentos totalmente diferente da que se desenrolaria se o planeta parasse subitamente de girar.
No primeiro cenário, nem era necessário a Terra parar de girar para nos erradicar. Ellsberg explica que “mesmo que os alvos sobrevivessem à guerra nuclear, toda a gente seria incinerada por todos os gases de exaustão que se espalhariam pelo planeta” após um eventual disparo destes motores.
No segundo cenário, de acordo com uma “experiência imaginária”, conduzida por James Zimbelman, geólogo do Museu Nacional Aeroespacial do Smithsonian nos Estados Unidos, a súbita cessação de rotação afetaria a nossa atmosfera, criando ventos incrivelmente fortes seguidos de tsunamis massivos.
A paragem repentina achataria a protuberância no Equador, fazendo com que os oceanos e mares migrassem para os polos, uma região onde a gravidade é mais forte.
Como consequência, o nosso planeta teria dois super oceanos – um no norte e outro no sul – e um continente gigante no meio. Os terráqueos teriam Sol seis meses durante o ano, sendo que os outros seis seriam passados na escuridão.
Fonte:
[Espaço]