A formação da Lua talvez seja uma das maiores questões na astronomia até hoje. Existem várias teorias para a sua formação, mas nenhuma delas consegue explicar totalmente o fenômeno.
Formação da Lua
A teoria mais aceita até o momento é que a Lua se formou a partir da colisão da Terra com um grande objeto chamado Teia e a partir dessa colisão uma parte arrancada da Terra formou a Lua.
Já foram rodadas inúmeras simulações, artigos já foram publicados em revistas de renome como Science e Nature sobre isso, mas mesmo essa teoria não é tão completa, pois para explicar a semelhança de composição entre a Terra e a Lua, esse objeto deveria ter uma composição semelhante.
Para um grupo de pesquisadores isso seria muito coincidência.
Mas a beleza da ciência está nisso, nós não acreditamos em algo como se fosse um dogma, uma seita, por exemplo, a seita dos adoradores de Teia. Os dados estão aí, a tecnologia está aí, e esses temas podem ser estudados e revisitados a qualquer momento por qualquer um para tentar propor explicações alternativas para tudo.
Com isso, um grupo de pesquisadores, sugeriu uma teoria alternativa para a formação da Lua, ao invés de um grande impacto, múltiplos impactos de corpos menores deram origem ao nosso satélite natural.
Nova Teoria
Nesse novo cenário para a formação da Lua, publicado na última edição da revista Nature Geoscience, os pesquisadores sugerem que cerca de 20 objetos com o tamanho entre a Lua e Marte se chocaram com a Terra ejetando detritos para o espaço.
Esses detritos formaram um disco ao redor da Terra como os anéis de Saturno, sim, nessa teoria, a Terra pode ter tido anéis!
Com o passar do tempo, esses detritos localizados em discos se aglutinaram formando pequenas luas, que migraram cada vez para mais longe da Terra, devido às interações de maré.
Essas pequenas luas atingiram o chamado Raio de Hill, e então coalesceram formando uma grande Lua.
Como chegaram nessa nova Teoria?
Para chegar a essa teoria, inúmeras simulações computacionais foram rodadas, contemplando também diferentes cenários, mas esse, de acordo com os pesquisadores, é o mais natural e o que melhor explica a formação da Lua.
Ele trata os problemas do cenário do grande impacto, onde o objeto teria que ser especial, nesse caso não precisa, pois as diferenças composicionais acabariam desaparecendo com a quantidade de objetos, além disso, na época, no início do Sistema Solar os impactos eram abundantes, o que advoga a favor dessa nova teoria, pois muitos impactos podem ter ocorrido com a Terra.
Essa, obviamente não é a única teoria que desafia a teoria do grande impacto, e também, não é a primeira vez que ela é proposta. Em 1989 uma teoria parecida foi publicada, mas não foi levada adiante com estudos posteriores.
Dessa vez será diferente, os pesquisadores já falaram que estão caminhando adiante para tentar encontrar mais evidências que suportem cada vez mais sua teoria, as simulações continuaram a ser rodadas principalmente para tentar encontrar pequenos objetos mais eficientes para a formação da Lua, além de estarem estudando melhor o processo de fusão dos pequenos objetos para a formação da Lua.
Para saber mais assista o vídeo do Canal Space Today
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