Nada mais desconfortável do ficar bocejando durante uma aula, reunião de trabalho, conversa com os pais, ou mesmo em uma entrevista de emprego.
O bocejo é rapidamente relacionado ao cansaço – ou mesmo ao desinteresse – e se essa relação for estabelecida, pode nos prejudicar de alguma forma.
Quantas vezes bocejamos ao longo da vida?
Bocejamos cerca de 240 mil vezes ao longo da vida, e apesar de às vezes nem notarmos, este assunto é cercado de mistérios e explicações.
A mais recente é que bocejamos para baixar a temperatura do cérebro, e isto além de muito culto, pode ser uma ótima desculpa em um momento inconveniente de bocejo.
Relação de bocejo com a temperatura
Uma equipe de pesquisadores austríacos e norte-americanos começaram a estudar a relação do bocejo com a temperatura do ambiente.
Em um local com o clima quente dos Estados Unidos, os pesquisadores observaram que o nível do contágio de um bocejo (quem nunca bocejou ao ver outra pessoa bocejar?) cresceu com o aumento da temperatura do ambiente, e começou a decair com a diminuição da temperatura externa.
Em uma outra parte do experimento, desenvolvida em Viena (Áustria) no inverno, foi verificado que os bocejos diminuíram pela metade com a diminuição da temperatura.
Entenda como funciona este mecanismo :
para bocejar, abrimos a boca, e isto faz com que aumente o fluxo sanguíneo para o pescoço, cabeça e face. Ao respirarmos mais profundamente para bocejar, forçamos para baixo o líquido espinhal e o sangue do cérebro.
Desta forma, o ar mais frio que entra pela nossa boca, ajuda a “resfriar” essas regiões e esses líquidos, resfriando também o nosso cérebro.
Algumas evidências científicas afirmam que o cérebro funciona melhor em temperaturas mais baixas, e isso contradiz o senso comum: o bocejo deixaria a pessoa mais em alerta, resfriando o cérebro e combatendo o seu sono.
Alguns membros da equipe já haviam estudado este comportamento em ratos e periquitos, que curiosamente também bocejam, e os resultados obtidos através dos testes com humanos também foram encontrados nos testes realizados com estes animais.
Sendo assim, se chamarem a sua atenção por estar bocejando, tenha na ponta da língua a resposta: “o bocejo em humanos, e também em outros animais, tanto o espontâneo, como o contagiante, parece estar envolvido com a termorregulação cerebral.” Com isso, após o bocejo, você deverá estar mais em alerta e ainda ganhará uns créditos a mais.