Existe uma relação entre o tamanho de um ser vivo e sua duração de vida na natureza, seres pequenos costumam ter vidas curtas enquanto os grandes tendem a viver mais. Mas uma espécie de morcego insiste em contradizer essa regra. Os morcegos Myotis pesam entre 2 e 45 gramas e podem passar dos 20 anos de idade.
A combinação de seu tamanho diminuto e vida longa está muito fora dos padrões para os mamíferos.
Há relatos de morcegos de Brandt (Myotis brandtii) que chegaram aos 40 anos de vida. Isso quer dizer que eles viveram dez vezes mais do que o estimado pelos cientistas.
Um estudo de 2013 que sequenciou o genoma dos Myotis brandtii sugeria que a longevidade da espécie poderia ser causada pela combinação de hormônios e hibernação.
Mas uma nova pesquisa leva a crer que o fato pode estar relacionado aos telômeros, estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA que formam as extremidades dos cromossomos.
Os telômeros estão correlacionados com o envelhecimento e mortalidade.
Essas estruturas encolhem com o passar do tempo.
Em indivíduos que chegam à velhice, os telômeros possuem metade da extensão original. Isso é o que ocorre com os humanos e com a maioria das espécies de morcegos. Mas não com os Myotis, cujo tamanho dos telômeros se mantém constante por toda a vida.
“Os resultados da pesquisa sugerem que os morcegos longevos evoluíram de forma a aprimorar os mecanismos que reparam os danos celulares causados pela idade”, disse a cientista Emma Teeling, professora da University College Dublin. Isso não significa que esses morcegos sejam imortais.
Eles acabam morrendo por desidratação, fome ou acidentes (como ser devorado por um predador). Mas os membros da espécie raramente morrem de câncer ou doenças degenerativas.
Os cientistas continuarão a estudar os animais para tentar desvendar os mistérios da longevidade e talvez passar essas características para humanos.
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Referência:
- https://goo.gl/jCrNFM