Por que fazemos o que fazemos?
Como resultado da socialização, a conformidade reflete a interiorização de regras e a sua partilha com os outros. Os indivíduos tendem a agir em conformidade com as expectativas do grupo a que pertencem.
Você já parou pra pensar como nós temos tendência em repetir alguns comportamentos, mesmo num primeiro momento não concordando com eles?
Por exemplo, você está em uma praça, e alguém olha pra cima. Você, num primeiro momento, até resiste em fazer o mesmo movimento, mas então mais uma pessoa olha, e mais uma, e mais uma. Você não resiste, e quando percebe já olhou para cima também.
O Efeito Manada e o Experimento Da Conformidade Social
Este tipo de comportamento foi estudado pelo psicólogo polonês Solomon Asch na década de 1950. Ele foi o pioneiro nos estudos da psicologia social, estudando afundo a influência que as pessoas exercem umas sobre as outras, através de experiências onde procurava avaliar a conformidade do indivíduo ao grupo.
Uma de seus principais conclusões foi que o simples desejo de pertencer a um ambiente homogêneo faz com que as pessoas abram mão de suas opiniões, convicções e individualidades.
Série Brian Games
Na série Brain Games (“Truques da Mente”, no Netflix), um curioso experimento confirma a teoria. Ele reforça o conceito de que agimos em conformidade com as regras porque aceitamos a sua legitimidade e somos incentivados pela aprovação e recompensa obtidas das outras pessoas.
Vale a pena conferir (e refletir!):
Preocupações:
A teoria da conformidade social é um pouco preocupante quando você pensa em situações atuais, como crianças que são forçadas a permanecer longos períodos de tempo convivendo em grupos a que eles não escolheram pertencer (uma turma na escola, por exemplo).
Ou ainda na área financeira, onde um movimento em que os investidores seguem determinada direção acaba polarizando a tendência do mercado, o famoso efeito manada. Atitudes semelhantes também são observadas em algumas religiões, partidos políticos, no mundo da moda e em diversos outros grupos cujas preferências dos indivíduos mudam com o tempo. Ou seja, todos.
Conclusão
O fato é que, seja de maneira consciente ou não, todos estamos sujeitos às pressões do ambiente. O que precisamos é ficar atentos a essas armadilhas e identificar que tipo de decisões tomamos por nossa própria vontade e quais tomamos apenas para não ir contra a multidão.