Os moais, estátuas gigantes da Ilha de Páscoa, intrigam o mundo há anos. Agora, cientistas podem ter finalmente descoberto o segredo por trás das esculturas. Uma nova teoria sugere que elas foram erguidas para indicar os pontos onde havia água potável na ilha.
As conclusões são do antropólogo Carl Lipo, que há 20 anos estuda os Rapa Nui, povo que habitava o local e desapareceu. Ele pesquisava como uma população de cerca de 20 mil pessoas sobrevivia com tão poucos pontos de acesso à água potável. Lá, existem pouquíssimas fontes e córregos. Além disso, as chuvas são escassas na Ilha de Páscoa.
Relatos antigos de viajantes diziam que o povo Rapa Nui bebia água salobra ( é a água que possui salinidade intermediária entre a água doce e a salgada, mas que pode ser consumida). Mas de onde ela vinha? Segundo Lipo e sua equipe, essa água ficava represada em canais ao longo da costa da ilha.
O mais surpreendente é que os pesquisadores descobriram que essas fontes de água salobra coincidiam com os locais onde estavam erguidos os moais. Parece que seu propósito era justamente mostrar aos Rapa Nui onde eles poderiam encontrar água própria para o consumo.
Há cerca de 900 estátuas em toda a Ilha de Páscoa. Cada uma delas mede cerca de 9,1m. Estima-se que elas tenham sido construídas em algum período entre 1200 e 1600. Quando os europeus chegaram lá, nos anos 1700, elas estavam derrubadas, o que pode ter sido causado por guerras internas ou terremotos.
Agora, os pesquisadores irão continuar a estudar o local para tentar solucionar de vez o quebra-cabeças dos moais.