As preguiças-gigantes surgiram nas Américas durante a era cenozóica e foram extintas há cerca de 10 mil anos.
Nunca se soube exatamente o motivo pelos quais a espécie deixou de existir, mas acreditava-se que as mudanças climáticas pudessem ter causado sua extinção.
Agora, novas evidência sugerem que humanos podem ter contribuído para o fim desses animais de grande porte.
No fim da última era do gelo, entre 35% e 90% dos animais da chamada megafauna que viviam fora da África desapareceram da Terra.
Não há provas de que humanos tenham causado uma extinção em massa, mas a prática da caça pode ter contribuído para o fim de algumas espécies em um passado remoto.
Agora, cientistas encontraram na Argentina evidências de que as preguiças-gigantes faziam parte da dieta de nossos antepassados.
O pesquisador Gustavo Politis, da Universidade do Centro da Província de Buenos Aires, na Argentina, encontrou marcas de cortes no osso da costela de uma preguiça-gigante.
Próximas ao osso, também foram encontradas ferramentas que teriam sido usadas para produzir essas marcas.
Segundo o cientista, essas lâminas primitivas foram utilizadas para caçar e fatiar o animal. As evidências foram achadas na região dos pampas argentinos.
Este é o primeiro caso comprovado de que humanos caçavam preguiças-gigantes.
De acordo com os pesquisadores, outras espécies da megafauna, como os Doedicurus (tatus-gigantes) teriam sido caçadas por ao menos dois mil anos antes de serem extintas na região.
Ainda discute-se se a prática pode ter sido realmente decisiva para o fim desses animais.