O QUE É O SAL DO HIMALAIA? ELE É REALMENTE MELHOR QUE O SAL BRANCO?
O consumo do sal faz parte da história da civilização humana. Muitos afirmam que ele é essencial para a saúde. Ao contrário, outros afirmam que ele pode trazer malefícios para a saúde como o aumento da pressão arterial.
O sódio (sal) está presente em vários alimentos naturais normalmente em uma proporção menor do que outros minerais como o potássio, por exemplo.
Mas seu uso é feito de forma intensa nos alimentos industrializados, o que faz com que o consumo do sódio da população brasileira seja maior do que o recomendado.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o consumo diário de sal deve ser limitado a 5g de sal, o que equivale a 2g de sódio. Mas o sódio é também essencial para a vida.
No sangue mantemos níveis estáveis de sódio que variam entre 135 a 145 mEq/L. Ele está presente também, por exemplo, no soro fisiológico que é capaz de salvar vidas, sendo um tratamento muito útil, especialmente nas situações de emergência médica.
Do ponto de vista médico e nutricional há um debate de que o consumo do sal é prejudicial à saúde. Por estar associado ao aumento da pressão arterial, o sal é recomendado em baixíssimas doses na dieta por quase a totalidade dos profissionais de saúde.
E o Sal Rosa do Himalaia é mesmo o melhor para consumo?
Recentemente muita polêmica foi criada sobre o consumo do sal rosa do Himalaia, e de acordo com alguns pesquisadores ele poderia não ser benéfico para a saúde. O sal rosa é o “sal do momento“ e aclamado na mídia por trazer benefícios a saúde.
Ele é um sal das rochas existentes em minas na cordilheira do Himalaia. A composição clássica do sal rosa é de 98% de cloreto de sódio, incluindo até outros 80 elementos, entre eles fósforo, magnésio, potássio, cálcio, zinco, cobre e ferro.
A coloração do sal, que pode ir do vermelho ao rosa claro, é derivada da concentração de alguns minerais. Quanto mais claro, maior é o seu grau de pureza.
A nutricionista Luna Azevedo comentou uma pesquisa apresentada no Congresso Internacional de Nutrição Funcional onde foram apresentadas análises do sal rosa.
A pesquisadora Conceição Trucom da UFRJ avaliou amostras de sal rosa e encontrou basicamente gesso, carbonatos e sulfatos principalmente de ferro e silicatos (areia).
Quanto mais rosa, mais resíduo, por isso a grande diferença de preços no mercado. O sal rosa do Himalaia não é falso.
Ele é assim mesmo: contaminado com sais de ferro e sílica inorgânica, a areia ou o quartzo que são abrasivos e não são assimilados pelo organismo humano.
Na análise também foi encontrado o gesso (CaSO4.0,5H2O), um sal a base de cálcio que é inadequado à saúde humana; O sal rosa não se dissolve em água, mesmo durante várias horas em repouso.
E todo sal tem que dissolver em água. Um sal para consumo humano não pode, não pode mesmo, conter insolúveis: sejam traços ou percentuais acima de 10 ppm.
No entanto, não existe qualquer estudo randomizado sobre benefícios ou malefícios do sal rosa nas plataformas de pesquisas científicas. Portanto, não se pode afirmar que ele possa trazer malefícios a saúde.
O mesmo não pode ser afirmado com relação aos possíveis benefícios do sal rosa. A recomendação atual para consumo do sal refinado ou o sal integral são as mesmas.
Por isso, É fundamental o acompanhamento do nutricionista, pois cada indivíduo tem uma necessidade. Vale lembrar que a ingesta de sódio pode variar muito.
Por exemplo, um atleta terá maior necessidade de sódio na dieta em relação ao sedentário. Mantenha o equilíbrio nas suas escolhas e tenha sempre acompanhamento profissional especializado.
Fonte:
https://globoesporte.globo.com