A 1° fazenda de algas marinhas do mundo será inaugurada

Fazenda de algas

A primeira fazenda comercial de algas marinhas do mundo será inaugurada em breve na costa da Holanda — e será dentro de um parque eólico no meio do oceano. O terreno pioneiro equipado com um conjunto de 139 turbinas eólicas fica no Mar do Norte, a cerca de 18 quilômetros de Haia e Zandvoort.

Com início de operação previsto para este outono, a fazenda cobrirá 5 hectares e deve produzir pelo menos 6.000 quilos de algas marinhas frescas em seu primeiro ano de atividade.

A ideia foi do grupo holandês sem fins lucrativos North Sea Farmers e recebeu financiamento de € 1,5 milhão da Amazon pelo fundo Right Now Climate Fund.

Como será a fazenda de algas?

Cultivar algas marinhas é uma maneira fácil de sugar dióxido de carbono e removê-lo da atmosfera;
Dados do projeto serão usados ​​por cientistas para aprofundar a pesquisa sobre redução de carbono por meio do cultivo de algas marinhas;

Algas marinhas também são um alimento nutritivo. Além de conter carboidratos básicos, proteínas e gorduras, também são carregadas de nutrientes como magnésio, zinco, vitamina B12, iodo e ácidos graxos poli-insaturados, assim como antioxidantes como carotenoides e flavonoides;

Além disso, elas servem para outras aplicações úteis, como embalagens, ração animal até produtos cosméticos e farmacêuticos.

“Estamos ansiosos para obter mais insights sobre o potencial das algas marinhas para remover dióxido de carbono da atmosfera”, disse Roeland Donker, gerente nacional da Amazon Netherlands, em comunicado;

“Nosso objetivo é entender como esse setor pode ser usado para sequestro de carbono de longo prazo, que ainda é pouco compreendido”, acrescentou a Professora Ana Queirós, Ecologista Marinha e de Mudanças Climáticas no Plymouth Marine Laboratory e líder científica, em declaração.

Vale destacar que a demanda por algas marinhas deve disparar na Europa nos próximos anos. Um relatório de 2021 da Seaweed for Europe, do Reino Unido, sugere que o mercado em expansão pode valer € 9 bilhões (cerca de US$ 10 bilhões) até 2030.

Fonte:

Olhar Digital

[Biologia]