Pode parecer uma história fofinha, mas na verdade é uma daquelas que mostram quando a ciência vai longe demais…
Durante a década de 1950 vários estudos sobre o comportamento dos golfinhos começaram a ser feitos. Um dos pesquisadores mais proeminentes desta área era o neurocientista John Lilly. Lilly ficou impressionado quando viu pela primeira vez o tamanho dos cérebros de cetáceos.
Naquela época, o tamanho do cérebro era relacionado com a capacidade cognitiva dos animais. Ainda não se conhecia muito sobre como o cérebro funcionava e isto motivou Lilly a investigar como estes animais aprendiam e se seria possível se comunicar com eles.
Alguns anos depois, Margaret Lovatt soube dos trabalhos de Lilly e foi conhecer os laboratórios do neurocientista para ver as piscinas onde os golfinhos eram criados. Margaret sempre teve um interesse sobre as histórias de comunicação entre espécies de animais diferentes.
Era o ano de 1964 quando ela conheceu John Lilly e seus golfinhos. Lilly tinha um sonho de ensinar os golfinhos a falarem inglês. Margaret contou anos depois sobre como foi a sua primeira impressão nos laboratórios de Lilly.
Ela diz que ao chegar perto de uma piscina onde Lilly e um ajudante estavam trabalhando a comunicação com um golfinho, ficou totalmente chocada ao ouvir palavras muito parecidas com o inglês sendo emitidas pelo animal.
Impressionada, ela reconta como aquilo que viu neste treinamento fez ela se voluntariar para trabalhar com os golfinhos propondo que os treinamentos acontecessem através de uma imersão.
Margaret sugeriu a Lilly que seria muito mais proveitoso se os treinadores vivessem constantemente com os animais, assim como uma mãe que alimenta, ensina e acompanha todo o desenvolvimento de um filhote. Margaret então ficou isolada com o golfinho Peter para testar a hipótese de Lilly.
Margaret ficava isolada com Peter por seis dias seguidos e descansava por um, para depois retornar ao trabalho. Ela dormia e realizava as suas atividades em cima de uma plataforma suspensa sobre a piscina onde Peter vivia. As lições estavam caminhando bem no começo, mas Margaret começou a perceber que algo estava atrapalhando o andamento da pesquisa.
O golfinho, como qualquer tipo de animal, tinha necessidades sexuais. Margaret observou que Peter ficava longos períodos somente olhando as suas pernas. Ela explica que Peter gostava de estar acompanhado dela. Ele gostava de ficar se esfregando nas pernas, pés e mãos de Margaret. Ela então decidiu masturbar o golfinho para que ele pudesse se concentrar nas aulas que ela estava dando para ele.
Margaret relata que não se sentia desconfortável com isso. E ela não encarava como algo sexual, mas um carinho mútuo entre eles. Além disso, Margaret não fazia isto de forma privada. Outras pessoas do laboratório também viam o que ela estava fazendo. Isto ajudou muito a Peter se concentrar nas lições depois de aliviar suas necessidades sexuais.
Algum tempo depois o estudo acabou sendo interrompido. O neurocientista John Lilly começou a administrar LSD aos golfinhos para saber como isto influenciava o comportamento deles. Lilly se desinteressou pelos trabalhos que estavam sendo feitos por Margaret.
Sem investimento, Margaret acabou arrumando um outro trabalho e saindo dos laboratórios de John Lilly. Margaret ainda disse que se fosse um gato ou cachorro, ela levaria consigo, mas um golfinho depende de cuidados muito maiores que ela não poderia dar e então Peter acabou perdendo sua companheira.
Algumas semanas depois da saída de Margaret, o golfinho Peter acabou piorando de saúde, entrando em depressão e cometeu suicídio. Sim isto mesmo. Anos depois se descobriu como isto acontece. O cérebro destes animais é tão grande porque a respiração deles funciona de um jeito diferente do nosso.
Nós respiramos inconscientemente. Já os golfinhos tem total controle sobre a respiração, se não poderiam morrer afogados. E vários relatos confirmaram esta possibilidade de que golfinhos depressivos podem respirar debaixo d’água e assim morrerem afogados.
Fonte:
https://www.biologiatotal.com.br
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