Aquele cafezinho de todo santo dia pode ficar melhor.
Um estudo publicado na revista Food Research International no início de agosto analisou quais fatores influenciam na qualidade do sabor da bebida sagrada do brasileiro (e do resto do mundo) – e descobriram que o segredo pode estar na temperatura da água.
Os pesquisadores reuniram um time de sete degustadores da Universidade Estadual do Kansas e analisaram 36 atributos de sabor (tons de frutas, florais, ácidos, etc.)
em várias amostras de café preparado em diferentes temperaturas e com diversos tipos de grãos. Após comparar tantas variáveis, o estudo concluiu que o segredo de um café gostoso não estava em nenhuma delas – e sim na temperatura da água usada no preparo.
Quanto mais quente a água estiver, mais substâncias serão extraídas do grão, incluindo algumas que afetam negativamente o gosto da bebida.
Os cientistas analisaram a evolução no sabor conforme a temperatura do preparo subia. Em praticamente todos os testes, os melhores resultados apareciam quando a água estava a 70oC.
De acordo com o estudo, essa temperatura é quente o suficiente para extrair as melhores substâncias dos grãos, mas não tão alta a ponto de liberar compostos que prejudicam o sabor. Especialmente se o tipo utilizado for o café arábica, campeão de produção e consumo no Brasil.
Mas há variações em alguns casos: para o robusta, mais forte e com mais cafeína que o arábica, a temperatura ideal seria próximo dos 60oC.
Além desses resultados, os especialistas reforçam que há uma série de outros fatores que influenciam no sabor do café, como a origem do grão, o modo como ele é moído ou torrado e até a quantidade de água usada no preparo.
Mas vale testar a dica da água, ou só usá-la de desculpa para tomar mais uma xícara hoje.
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