Adaga de 2 mil anos do Império Romano é encontrada na Alemanha

Adaga

Jovem de 19 anos trabalhava nas escavações arqueológicas de Haltern am See, noroeste do país, quando encontrou o artefato milenar surpreendentemente bem conservado

Com apenas 19 anos, Nico Calman já pode se orgulhar de suas contribuições para a ciência: trabalhando nas escavações arqueológicas de Haltern am See, noroeste da Alemanha, o adolescente encontrou uma adaga romana de 2 mil anos.

Segundo o The Times, a arma provavelmente foi utilizada por guerreiros do antigo Império Romano em uma luta contra os germânicos que habitavam a região por volta do século 1.  O combate teria deixado 20 mil mortos e resultado no abandono daquela área.

Os especialistas contam que o achado de Calman surpreendeu principalmente por seu estado de conservação.

Nico Calmund e o restaurador Eugen Müsch (Foto: Reprodução Facebook/LWL-Römermuseum Haltern am See)
Nico Calmund e o restaurador Eugen Müsch (Foto: Reprodução Facebook/LWL-Römermuseum Haltern am See)

De acordo com eles, a adaga estava tão bem preservada que até a bainha de tília (uma espécie de árvore), os arabescos e alguns fios de linho presos no cinto onde a arma estava presa ficaram intactos por todos esses séculos.

“Essa combinação de lâmina, bainha e cinto completamente preservadas, juntamente com informações importantes sobre exatamente onde elas foram encontradas, não tem paralelo [na ciência local]”, disse Michael Rind, um arqueólogos responsáveis pela descoberta, ao Times.

A adaga de ferro é grande: tem aproximadamente o tamanho do antebraço de um homem adulto.

(Foto: Reprodução Facebook/LWL-Römermuseum Haltern am See)
(Foto: Reprodução Facebook/LWL-Römermuseum Haltern am See)

Os historiadores acreditam que armas do tipo eram utilizadas em combates de curta distância, nos quais os guerreiros rivais ficavam muito perto uns dos outros.

Os especialistas esperam que a descoberta os ajude a compreender melhor o que ocorreu naquela região do Império Romano há 2 mil anos.

De acordo com eles, essa região da Alemanha já é estudada há cerca de 200 anos e pouco se sabe sobre as atividades dos nossos ancestrais naquele canto do mundo.

Fonte:

Revista Galileu

[Arqueologia]