Animais guardam segredos de como evitar o crescimento desordenado das células e o câncer
Envelhecer não parece ser tão inevitável assim para alguns animais. Muitos já descobriram maneiras de atrasar a morte. E deixaram pistas para ajudar todos nós a viver vidas mais longas e saudáveis.
De acordo com biólogos, as baleias-da-Groenlândia vivem pelo menos 150 anos, podendo chegar até 210. Mas além de cicatrizes de batalha, a pele enrugada e uns quilinhos a mais, os cetáceos exibem raros sinais de envelhecimento. Por isso, despertam o interesse de cientistas.
Há ratos que vivem 18 meses, ao passo que, como vimos antes, as baleias-da-Groenlândia podem passar dos 200 anos. É como se a seleção natural de certa maneira forçou algumas criaturas a evoluir o próprio elixir de suas vidas. Um elefante africano, em cativeiro, vive uns 70 anos. Mais ou menos o mesmo que um ser humano.
Apesar disso, só 5% dos gigantes acinzentados morrem por causa de tumores, contra 17% dos Homo sapiens. O que os torna tão resistentes à doença?
Paradoxo de Peto
Não preciso dizer para ninguém que as baleias são muito maiores do que nós, não é? Isso significa que elas também têm muito mais células em seus corpos.
Então, se cada célula do corpo tem potencial para se tornar cancerosa, baleias têm uma chance muito maior de ter câncer do que nós seres humanos, certo? Errado.
O Paradoxo de Peto, em homenagem ao professor de Oxford Richard Peto, afirma que a correlação esperada entre tamanho do animal e da prevalência do câncer é inexistente.
Os seres humanos e as baleias beluga compartilham uma chance relativamente semelhante de ter câncer, enquanto que certas raças de pequeno ratos têm uma chance muito maior.
Para alguns biólogos, essa falta de correlação apresentada no paradoxo vem de mecanismos de supressão de tumores em animais de maior porte. Estes supressores justamente trabalham para evitar a mutação de células durante o processo de divisão.
Assista ao vídeo abaixo do canal Atila Iamarino para saber mais:
Fontes:
[Ciência]
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