Neandertais foram extintos por “falta de sorte”, diz estudo
Na Holanda, pesquisadores simularam modelos de populações ancestrais em busca do que causou a extinção dessa espécie humana.
Pesquisadores holandeses publicaram um novo estudo que mostra que os neandertais (Homo neanderthalensis) tiveram uma grande falta de sorte: a extinção dessa espécie humana primitiva foi causada por fatores incontroláveis, que ocorreram há 40 mil anos.
Os especialistas apontam como fatores principais a proximidade dos laços sanguíneos e diversas mudanças demográficas. “O desaparecimento da espécie pode ter ocorrido meramente por um grande surto de má sorte demográfica”, eles disseram.
Para chegar à essa conclusão, os especialistas simularam tipos de populações e levantaram hipóteses que poderiam levar à extinção do grupo humano durante um período de 10 mil anos.
Foram consideradas as mudanças no tamanho das populações e um grau de parentesco entre os indivíduos conhecido como consanguinidade.
Se um casal tem pelo menos um ancestral em comum, ele é considerado consanguíneo e seus descendentes podem ter doenças e distúrbios no metabolismo, contribuindo para maiores taxas de mortalidade em uma população.
Além disso, os especialistas avaliaram o efeito Allee, que são os desdobramentos negativos que uma população pequena causa na vida de seus indivíduos.
Somente esse efeito causou a extinção de mais de mil pessoas, visto que fez com que as mulheres neandertais engravidassem 25% a menos em um ano.
Quando o efeito Allee foi somado às consequências dos laços sanguíneos próximos, esses dois fatores foram capazes de extinguir os neandertais em 10 mil anos. Os pesquisadores viram que ambos podem ter eliminado esse grupo humano.
Mas também há outro aspecto: o fato de que os neandertais sofreram a influência de humanos modernos que eram caçadores. Esse agrupamento humano mais recente começou a migrar para o Oriente Próximo e para a Europa justamente após a extinção dos neandertais.
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