O monumento Stonehenge, datado do período neolítico e localizado no sul da Inglaterra, intriga historiadores e arqueólogos com seus mistérios há séculos. Como ele foi construído? Qual era seu propósito? De onde vieram as rochas de arenito?
A novidade é que a última questão agora tem uma resposta. Uma nova pesquisa publicada na última quarta-feira (29), na revista científica Science Advances, analisou as famosas pedras gigantes, também conhecidas como sarsens, e descobriu que elas são originárias de West Woods, área localizada a 25 km de distância do monumento que está repleta de registros de atividades pré-históricas.
O autor do estudo, David Nash, professor de geografia física da Universidade de Brighton, contou à AFP que ele e sua equipe criaram uma nova técnica para analisar as rochas.
Primeiro, eles usaram equipamentos de raio-x para averiguar a composição: elas são compostas por 99% de sílica, mas contêm vestígios de vários outros elementos.
“Isso nos mostrou que a maior parte das rochas tem uma química similar, o que nos levou a identificar que estamos em busca de uma mesma fonte principal”, disse Nash.
Em seguida, eles examinaram duas amostras obtidas durante trabalhos de restauração realizados em 1958
A técnica usada nesse processo é chamada de espectrometria de massa e, por meio dela, foi possível detectar uma maior variedade de elementos com maior precisão.
Assim, o resultado foi comparado com 20 possíveis locais que têm sedimentos com a mesma composição. West Woods, no condado de Wiltshire, foi o que melhor se encaixou.
Embora cientistas afirmem que as rochas foram transportadas por terra, ainda não se sabe como a população da época conseguiu criar o monumento, já que os sarsens pesam até 30 toneladas. Seu significado também permanece um mistério.
Porém, segundo Nash, Stonehenge é uma convergência de materiais trazidos de diferentes lugares. “Acho que uma sociedade muito organizada viveu lá”, afirma.
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[História]
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