Mulher passou 500 dias isolada em uma caverna e isso mexeu completamente com seu senso de tempo
Uma espanhola que morou 500 dias em uma caverna, sem contato direto com o exterior nem luz natural, saiu nesta sexta-feira (14) do local. Ela contou que a experiência foi “excelente e insuperável”.
“Estou há um ano e meio sem falar com ninguém, só comigo mesma”, disse Beatriz Flamini aos jornalistas depois de sair, com a ajuda por espeleólogos, de uma caverna que fica a 10 quilômetros de Motril (Andaluzia, sul), onde permaneceu por 500 dias 70 metros abaixo do solo.
Posteriormente, o jornal “El País” e outros veículos de comunicação espanhóis publicaram, citando a própria Flamini e fontes próximas a ela, que após os primeiros 300 dias ela precisou sair da caverna devido a uma falha no roteador que lhe permitia enviar mensagens para o exterior ou, em caso de emergência, pedir ajuda.
Segundo os relatos, enquanto a falha era corrigida, a atleta foi mantida isolada em uma barraca por cerca de uma semana e depois voltou para a caverna.
Flamini estava com livros, luz artificial e câmeras para gravar a experiência, mas não tinha telefone nem instrumentos para controlar o tempo. Ela teve o apoio uma equipe técnica que deixava sua comida em um ponto da caverna sem ter contato com a atleta.
“Desafios deste tipo já aconteceram muitos, mas nenhum com todas as premissas deste: sozinha e em total isolamento, sem contato com o exterior, sem luz (natural), sem referências de tempo”, disse David Reyes, da Federação Andaluz de Espeleologia, que coordenou a segurança de Flamini.
A experiência, que será tema de um documentário da produtora espanhola Dokumalia, tinha como um dos objetivos registrar a repercussão mental e física de um isolamento como este.
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