O 99942 Apophis está entre os mais infames objetos próximos da Terra
Não que você deva se sentir alarmado por isso, mas um asteroide de mais ou menos 340 metros de largura vai passar pela Terra a uma distância de aproximadamente 33 mil quilômetros de distância da superfície da Terra, em 2029.
Para efeitos de comparação, a distância média entre a Terra e a Lua é de 384,4 mil quilômetros. Será uma oportunidade rara para se estudar um asteroide de tão perto.
Você pode se perguntar como os cientistas descartaram a chance de impacto de 2,7% e excluíram o perigo de um asteroide tão grande atingir a Terra.
A resposta é simples: observações únicas e modelos têm uma margem de erro, que representa uma faixa de locais potenciais nas quais o asteroide pode passar.
Quanto maior a quantidade de observações, menores a margem de erro e o número de caminhos potenciais.
Por enquanto, os pesquisadores possuem observações o suficiente de Apophis para descartar um impacto em 2029. Além disso, os dados mostram que, quando o asteroide passar novamente pelo planeta em 2036, nada deve acontecer.
É difícil calcular as aproximações seguintes, mas, nesse momento, não é preciso se preocupar com esse objeto celeste.
Em vez de esquentar a cabeça com impactos, os cientistas irão discutir quais conhecimentos eles podem obter com a aproximação do asteroide e se eles deveriam enviar uma missão para estudá-lo.
Impactos de asteroides são uma preocupação real de cientistas. Na Conferência de Defesa Planetária que aconteceu nesta semana, NASA, FEMA e outras agências simularam uma situação bem similar com aquela que foi prevista durante a descoberta de Apophis em 2004.
Eles não estão discutindo apenas qual é a melhor maneira de observar um asteroide, mas também tentando descobrir o que eles devem fazer caso uma ameaça à Terra se torne iminente. Ainda precisamos percorrer um longo caminho até nos sentirmos totalmente confiantes na capacidade de lidar com um impacto de asteroide.
Existem asteroides que ainda não descobrimos, e pode ser que haja imprecisões nos dados que os cientistas já coletaram. Por enquanto, precisamos ser gratos por os cientistas levarem a sério esses riscos.