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As “rochas vivas” da Romênia parecem se mover e gerar outras

(Imagem de Nicubunu do Wikimedia Commons)

Às vezes a natureza cria algumas coisas tão estranhas quanto admiráveis. Por exemplo, essas pedras na Romênia (um país do Leste Europeu, localizado nos Balcãs), como na foto de capa deste texto, parecem inacreditavelmente vivas. Elas se chamam trovants e espalham-se por 20 pontos diferentes do país.

Algumas manifestações geológicas incomuns causam o fenômeno, intrigando moradores e fascinando pesquisadores. Há até uma museu para a proteção das trovants, o Trovanti Museum Natural Reserve, que recebe a proteção da Unesco.

Como são as trovants?

Vemos pedras como objetos inanimados – e realmente, geralmente são. Note a ênfase no geralmente. Mas as trovants variam em tamanho e forma, aparentando mover-se e até mesmo respirar. Elas alimentam, então, uma série de mitos no folclore e cultura local pelo estranho comportamento que se assemelha de fora assustadora aos seres vivos. ]

Algumas dessas pedras são bastante pequenas – cabem tranquilamente em sua mão, como pedras que constantemente achamos no chão ao andar por gramados e terrenos pedregosos. No entanto, outras pedras possuem até 4,5 metros de altura – mais do que o dobro da altura dos humanos.

Ah, e claro – elas não se movem realmente tanto quanto os seres vivos. Segundo o jornal argentino La Nación, os trovants crescem cerca de 4 a 5 centímetros por milênio. Além disso, a maior parte delas permanece estática, movendo-se muito pouco. Mas elas não deixam de fascinar pela incrível dinâmica, extremamente diferente de outras rochas.

Os trovants possuem superfícies lisas e arredondadas, e há mudanças imediatas. Enquanto o tamanho em si varia ao longo de muito tempo, e elas movem-se lentamente, muitas vezes enfrentam mudanças em sua forma após chuvas. Além disso, a umidade também pode inchá-las de forma considerável causando a impressão de um aumento imediato no tamanho.

Origem das “pedras vivas”

Estranhamente, não há diferença alguma entre os trovants e a areia que circundam as mais de 100 pedras conhecidas, espalhadas em 20 pontos da Romênia. Portanto, os geólogos acreditam que essas pedras se formaram pela união de milhões de grãos de areia espalhados pelo solo.

Isso provavelmente ocorreu há 6 milhões de anos durante o Mioceno Médio, uma época geológica recente. Uma intensa atividade sísmica causou constantes e fortes ondas de choque na superfície terrestre, na região onde hoje localiza-se a Romênia.

Dessa forma, então, os grãos de areia foram comprimidos formando as diversas pedras. Além disso, até recentemente, muitas delas permaneciam cobertas pela areia. Talvez existam muito mais delas abaixo do solo.

“Sua história é bastante simples. 7 milhões de anos atrás, havia um delta onde fica a atual pedreira. Este delta continha sedimentos, arenito e siltito em particular, acumulados e transportados de todo o continente por um rio pré-histórico”, explica Florin Stoican, co-gestor do Parque Nacional Buila-Vanturarita à Radio Romania International.

“Posteriormente, várias substâncias minerais se dissolviam em soluções que circulavam sobre essa bacia de cascalho e areia. Esses minerais agiram como cimento e colaram várias partículas sedimentares. Hoje, existem trovants com composições diversas. Alguns são feitos de arenito, outros de cascalho. Na terminologia geológica, eles são feitos de grãos de pedras e conglomerados”, diz Stoican.

Fonte:

Socientifica

[Mundo]

Categorias: Ciência
Davson Filipe: Davson Filipe é Técnico em Eletrônica, WebDesigner e Editor do Realidade Simulada - Blog que ele próprio criou com propósito de divulgar ciência para o mundo. Fascinado pelas maravilhas do universo, sonha em um dia conhecer a Nasa.
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