As pirâmides do Egito estão entre os monumentos mais antigos e famosos da humanidade. Sua origem cheia de mistérios esconde um fato curioso que pouca gente se dá conta: esse visual arenoso e marrom que elas têm atualmente não é exatamente o planejado no início.
Ao longo dos anos as pirâmides mudaram bastante de visual. Seja pela degradação proporcionada pelo tempo, ou mesmo pelos diversos roubos que ocorreram durante os últimos séculos, elas foram bem alteradas.
Na verdade, segundo pesquisadores, quando foram erguidas originalmente elas provavelmente eram brancas, cobertas com uma camada de rocha brilhante, algo bem inusitado considerando o aspecto atual das construções.
“Todas as pirâmides foram revestidas com calcário branco e fino”, Mohamed Megahed, professor assistente do Instituto Tcheco de Egiptologia da Universidade Charles em Praga, disse à Live Science.
Para deixar isso tudo branco, foram necessárias cerca de 6 milhões de toneladas de calcário. Boa parte desse material foi removido para ser usado em outras obras ainda durante o Egito Antigo, por volta de 1336 aC. Lembrando que a Grande Pirâmide começou a ser feita por volta de 2550 aC.
Pirâmides tinham topo de ouro
A Grande Pirâmide ainda teria sido revestida com granito vermelho em seus níveis mais baixos. Atualmente, essa é a única das três principais que ainda conserva parte do revestimento original em calcário, como é possível ver pelo topo do monumento.
Hoje, não existe nada no topo das pirâmides, mas no passado elas recebiam uma espécie de “coroa de ouro”, mais especificamente eletro, uma mistura de prata e ouro, dando um ar de “realeza” para esses históricos monumentos.
Como é de se esperar, essas peças de ouro foram saqueadas com o passar dos séculos, assim como boa parte dos pertences que estavam no interior das pirâmides.
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