Existem determinados objetos no universo, que são como se fossem planetas, mas eles não estão acompanhados de nenhuma estrela, eles são chamados em inglês de rogue planets, e podemos traduzir como planetas órfãos, ou planetas errantes, embora planeta já signifique errante.
Além disso, outro objeto intrigante no universo são as anãs marrons, que não são nem planetas nem estrelas, na verdade os astrônomos acreditam que as anãs marrons sejam o elo entre os planetas e as estrelas.
Os astrônomos estabeleceram uma massa de 13 vezes a massa de Júpiter para que um objeto deixe de ser um planeta e passe a ser uma anã marrom.
Mas nem tudo na astronomia é assim tão fácil e como eu falo sempre, quando você acha que está tudo resolvido o universo vem e te aplica uma bela de uma rasteira.
Isso aconteceu novamente, usando o VLA, o Very Large Array os astrônomos descobriram um objeto que tem massa planetária, mas que não orbita estrela alguma.
Esse objeto tem 12.7 vezes a massa de Júpiter e fica localizado a 20 anos-luz de distância da Terra, depois de algumas campanhas de observação descobriram que ele é relativamente novo com 200 milhões de anos e tem uma temperatura superficial de 825 graus Celsius.
Esse objeto só foi descoberto pelo VLA graças ao fato dele ter auroras, sim, auroras, como os planetas no sistema solar.
A grande questão é como um objeto solto, que vaga sem ter uma estrela tem aurora, já que para isso é preciso campo magnético e partículas energizadas de uma estrela?
Esse objeto tem um campo magnético 200 vezes mais intenso que o de Júpiter, mas ele não tem uma estrela próxima, fica aí mais um mistério para ser resolvido.
Os astrônomos também estão em dúvida em como classificar o objeto, anã marrom, ou um planeta órfão gigantesco, para acabar com isso, resolveram chamar de objeto de massa planetária.
Mas o importante disso é que o VLA foi capaz de detectar o campo magnético e a aurora desse objeto, com isso os pesquisadores poderão entender qual o mecanismo que gera essas auroras.
Além disso, eles disseram que o VLA pode ser uma nova ferramenta para caçar exoplanetas, pois exoplanetas grandes podem ter também auroras que teriam suas assinaturas detectadas pelo VLA.
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