Bebês fazem cocô e xixi na barriga da mãe?
A pequena cicatriz no meio do seu abdômen marca o lugar onde, por cerca de nove gloriosos meses, todos os nutrientes que você precisava para crescer, se desenvolver e sobreviver fluíam direto para sua corrente sanguínea enquanto você apenas flutuava dentro de uma bolsa com líquido amniótico.
Mas você já se perguntou o que acontecia com sua outras funções corporais enquanto estava naquele espaço fechado? Para ser um pouco mais claro, você sabe se fazia xixi e cocô lá dentro?
A reposta à pergunta nº 1 é sim, com certeza: os embriões começam a fazer xixi depois de apenas dois meses de desenvolvimento, por volta de quando eles começam a deglutição, ou seja, beber o líquido amniótico.
Para começar, a urina, ao contrário das fezes, é estéril, por isso não tem bactérias que possam deixar o bebê doente.
Além disso, os resíduos que normalmente são expelidos na urina, como excesso de nitrogênio, são
filtrados do feto e entregue, através do cordão umbilical, de volta para mãe para serem eliminados.
E com relação aos resíduos que nos livramos pelo cocô?
Bem, a mamãe cuida disso também, mais ou menos. A mãe digere o alimento antes que ele chegue
ao bebê, absorvendo nutrientes como açúcar e proteínas em sua corrente sanguínea e, em seguida, passa esses nutrientes para o feto através do cordão umbilical.
Então a maioria dos nutrientes que viram cocô depois acabam ficando com a mãe. Mas o sistema digestivo do bebê não fica totalmente vazio:
alguns resíduos acabam chegando lá e são degradados pela bílis ácida no intestino delgado, produzindo uma massa esverdeada viscosa chamada de mecônio.
Mas, ao contrário do intestino grosso de todos fora de um útero, o intestino grosso de um feto é sobretudo estéril e desprovido das milhares de bactérias que decompõem os nossos resíduos e fazem parte de até 50% da polpa marrom conhecida como fezes.
Assim, a massa verde e pegajosa que se forma no intestino do feto eventualmente se torna a massa verde, pegajosa e livre de bactérias dentro da primeira fralda do bebê. E, de certa forma, é o primeiro – e último – cocô limpo na vida de todos nós.
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