Você sabia que o Brasil possui a 5ª maior reserva de urânio do mundo?
O Programa Nuclear brasileiro começou ainda na década de 1950. Em 1979, a marinha começou a desenvolver seu próprio programa com a ideia de dominar o ciclo do combustível nuclear, ou seja:
conseguir transformar o urânio bruto em combustível — seja para o uso em usinas ou em submarinos. E, apesar das dificuldades como a falta de investimento do governo em novas tecnologias, sobrevive até hoje.
Segundo o Boletim de Energia Nuclear Brasil e Mundo 2016, o país possui a quinta maior reserva de urânio do mundo. São 309 mil toneladas, que representam 5,3% do total mundial, perdendo apenas para Austrália (28,7%), Cazaquistão (11,2), Canadá e Rússia (8,3% cada).
O Brasil tem hoje quatro reatores nucleares em funcionamento. O mais antigo, inaugurado em 1957, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo, é o mais potente, com 5 megawatts.
Por isso, muitos cientistas, militares e agentes da sociedade civil depositam esperança na construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), previsto para 2022, que está sendo desenvolvido no Centro Tecnológico da Marinha, em Iperó, próximo a Sorocaba, no interior de São Paulo, e terá potência de 30 megawatts.
A questão é: depois de acidentes históricos como o de Chernobyl e Fukushima, para quê o Brasil precisa de um reator nuclear avaliado em 500 milhões de dólares?
Além do propósito militar — a marinha planeja a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro —, o reator também vai tornar o país independente na produção de radiofármacos que são usados na medicina nuclear, fundamental para o diagnóstico e tratamento de várias doenças, como o câncer.
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