Os desenhos foram classificados em três grupos de acordo com a idade, o conteúdo e a cor. As descobertas também incluem restos de animais, indicando que o lugar era usado como abrigo
Uma missão arqueológica do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito descobriu uma caverna coberta por pinturas rupestres datadas entre 5.500 e 10.000 a.C. O lugar foi encontrado por acaso por um turista que passeava no deserto do Sinai do Sul.
O Secretário-Geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mostafa al-Waziry, explicou em declaração no Facebook que a caverna está localizada em uma região de difícil acesso chamada al-Zaranij. O lugar mede cerca de 3 metros de profundidade por 3,5 metros de largura.
Mostafa acrescentou que os arqueólogos também encontraram grandes quantidades de restos de animais na caverna, indicando que ela era usada como abrigo.
Os desenhos mostram muitas cenas diferentes que datam de várias épocas, disse o chefe da missão arqueológica, Hisham Hussein.
As gravuras foram divididas em três grupos, de acordo com a tonalidade, a idade e o conteúdo. O primeiro é o mais antigo e estampa o teto da caverna.
Ele é caracterizado pela cor vermelho escuro e retratos de animais em proporções realistas. Já o segundo remonta à Idade do Cobre e retrata cenas de mulheres e animais, enquanto o terceiro mostra pessoas sendo carregadas por camelos.
A Península do Sinai é uma grande massa de terra do deserto localizada entre o Golfo de Suez e o Canal de Suez.
A região é habitada desde os tempos pré-históricos, com as primeiras informações escritas que datam de 3.000 aC, quando os egípcios antigos registraram suas explorações em busca de minério de cobre.
A arte rupestre no Egito está espalhada por todo o país. Segundo Hussein, a missão continuará pesquisando a área para possíveis novas descobertas.
A arte rupestre mais antiga data de cerca de 17.000 anos e foi descoberta recentemente. Entre as muitas cavernas de arte rupestre do continente, encontra-se a mais famosa “Caverna dos Nadadores”, no planalto montanhoso do Saara no Egito, Gilf Kebir.