Cientistas descobriram antigas rodovias maias na Guatemala

Maias

Quando se trata de descobrir civilizações perdidas, é uma grande descoberta: cerca de 1.000 assentamentos maias anteriormente ocultos foram encontrados no norte da Guatemala, graças à varredura a laser LIDAR (Light Detection and Ranging) do ar.

Pesquisador descobriram novas cidades da antiga civilização maia e uma complexa rede de estradas no sítio arqueológico de La Cuenca Mirador Calakmul, que fica entre o sul do México e o norte da Guatemala.

O estudo é comandado pelo arqueólogo Richard Hansen, da Universidade de Utah. Ele é o principal pesquisador do Mirador Basin Projects, onde foram descobertas as cidades e rodovias.

Segundo as informações da Reuters, foram encontrados 189 novos sítios arqueológicos que incluem pequenos povoados, edifícios, casas, estruturas e campos para práticas desportivas e culturais.

“A maioria dos locais data dos períodos pré-clássico médio e tardio, de por volta de 1000 a.C., até pouco depois da época de Cristo”, disse a Fundação Fares, uma das financiadoras do projeto, através de nota enviada à Agência Reuters.

Além disso, as estradas chegam a ter 40 metros de largura e possuem mais de 250 quilômetros de extensão, revelando a complexidade do local. A descoberta, contudo, ainda precisa de revisão de pares para que seja constatada.

Escaneamento LIDAR do Maya
Estruturas e calçadas descobertas na pesquisa. (Martínez et al., Antiga Mesoamérica , 2022)

Figura controversa

Richard Hansen é uma figura bastante controversa dentro dos estudos mesoamericanos. O pesquisador é simultaneamente uma das grao – e uma ameaça para a região, segundo ativistas. Ele é alvo de grande pressão de movimentos populares e já foi até alvo de protestos de estudantes da Universidade de Utah.

Há anos, ele defende a construção de um grande parque privado na região de El Mirador para incentivar o turismo nas ruínas maias, defendendo que a exploração comercial desses bens possa ser benéfica para a conservação dos mesmos.

Em entrevista à VICE News, Hansen afirmou que a instauração do projeto iria, inclusive, destruir a principal atividade econômica da região – a exploração sustentável de madeira – comandada por povos indígenas, mas que traria mais investimento financeiro ao local.

Fonte:

Hypeness

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