Como o sol vai ficar depois que morrer? Um grupo de cientistas de vários países publicou novas previsões de como nosso Sistema Solar será nessas alturas e de quando isso vai acontecer.
A forma mais provável que o sistema assumirá é a de uma nebulosa planetária, uma bolha de gás e poeira luminosa. O sol tem cerca de 4,6 bilhões de anos, e os astrônomos acreditam que ele ainda vai existir por mais 10 bilhões de anos.
Antes dele morrer, porém, muita coisa vai acontecer. Em cerca de 5 bilhões de anos, ele vai virar um gigante vermelho. O centro da estrela vai encolher e suas camadas externas vão se expandir, engolindo nosso planeta. Isto é, se ele ainda estiver aqui.
Uma coisa é certa: até lá, nós certamente não estaremos neste planeta. A humanidade só poderia viver aqui por mais um bilhão de anos, porque o sol aumenta a liberação de calor em 10% a cada um bilhão de anos.
Isso pode não parecer muito, mas o aumento do calor vai acabar com a vida na Terra. Nossos oceanos vão evaporar e a superfície vai ficar muito quente para a água se formar.
O que acontece depois que o sol virar uma gigante vermelha ainda é um mistério. Vários estudos anteriores mostraram que para uma nebulosa planetária se formar, a estrela inicial precisa ter o dobro da massa do sol.
O modelo de computador criado pelo grupo de cientistas mostra que o nosso sol provavelmente vai deixar de ser uma gigante vermelha e vai se tornar uma anã branca e depois terminar como uma nebulosa planetária.
“Quando a estrela morre, ela ejeta uma massa de gás e poeira – conhecida como envelope – no espaço. O envelope pode ter metade da massa da estrela.
Isso revela o centro da estrela, que nesse ponto está ficando sem combustível e ela se ‘desliga’ antes de finalmente morrer”, explica o astrofísico Albert Zijlstra, da Universidade de Manchester (Reino Unido), um dos autores do artigo.
“Só então o centro quente faz o envelope ejetado brilhar por cerca de 10 mil anos, um período muito breve do ponto de vista da astronomia.
Isso faz a nebulosa planetária visível. Algumas são tão brilhantes que podem ser vistas de muito longe, de até milhões de anos-luz, onde a própria estrela provavelmente nem seria enxergada”.
O modelo criado pela equipe prevê o ciclo da vida de vários tipos de estrelas para descobrir a intensidade do brilho da nebulosa planetária associada a diferentes massas estelares.
Segundo o modelo, o sol está no limite mínimo de massa entre as estrelas que podem produzir nebulosas visíveis.
O artigo foi publicado na revista Nature Astronomy.
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