Caso a existência de vida extraterrestre fosse confirmada atualmente, a humanidade provavelmente ficaria de boa com a descoberta. Ao menos é o que indica um novo estudo conduzido na Arizona State University.
Contudo, o psicólogo Michael Varnum, autor da pesquisa, considerou como vida alienígena apenas aquela na escala microbiana, não levando em consideração caso a descoberta se tratasse de alguma civilização inteligente fora da Terra.
Ainda assim, saber que o mundo não entraria em pânico caso a NASA confirme que existe vida microbiana em Encélado, lua de Saturno onde existe a suspeita de que isso seja possível, já é um ponto positivo. O que o estudo sugere, segundo Varnum, é que “não há razão para ter medo” neste cenário.
A relevância desse estudo é especialmente maior ao se considerar que o último estudo do tipo foi conduzido há cerca de 10 anos, e em uma década muitas descobertas foram feitas relacionadas a outros planetas, satélites naturais e exoplanetas.
Então, o psicólogo decidiu atualizar o estudo anteriormente realizado, dando uma perspectiva real de como a humanidade atual encararia descobrir que a Terra não foi, de fato, o único local do universo onde a vida prosperou de alguma forma.
Vernum usou como base em sua pesquisa dados reais fornecidos por cientistas e astrônomos, coletados desde 1967 até os dias atuais, a respeito da vida extraterrestre.
Então, o psicólogo recrutou 501 pessoas para a entrevista. O grupo respondeu sobre como eles se sentiriam se cientistas anunciam a descoberta de vida microbiana extraterrestre, e também como o grande público reagiria com esse anúncio, em suas opiniões.
Depois, Varnum recrutou outros 256 entrevistados, que leram um artigo científico real sobre as possibilidades da existência de microorganismos alienígenas, fazendo as mesmas perguntas do grupo anterior.
Resultados
Em ambas as pesquisas, os entrevistados reagiram de maneira positiva, ou ao menos neutra, quanto à real existência de vida extraterrestre na escala microbiana, com poucas reações negativas.
E as reações se mantiveram positivas mesmo quando questionadas sobre uma suposta confirmação de que, um dia, houve vida em Marte.
“Eu acredito que possa haver algum tipo de conforto em descobrir que a vida não é algo acidental, que aconteceu uma vez somente por aqui”, disse o pesquisador. “Talvez isso faça com que a gente se sinta menos frágil ou solitária em relação ao espaço”, opinou.
Já quanto a uma descoberta de civilizações inteligentes fora da Terra, Varnum acredita que a coisa seria bem diferente, “mas é difícil afirmar”.
Ainda assim, pesquisas de opinião conduzidas recentemente mostraram que mais da metade dos norte-americanos, britânicos e alemães acreditam que seres inteligentes existam, sim, em outros planetas.
Desse total, 30% crê que os alienígenas já visitaram a Terra de alguma maneira, mas que os governos e agências espaciais escondem a verdade da população.
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