Psicopatas são pessoas conhecidas pela presença de alguns tipos de comportamento: são mentirosos compulsivos, não sentem empatia, normalmente têm bom papo e conseguem manipular as pessoas, são extremamente vaidosos, impulsivos e não costumam se responsabilizar pelos seus atos.
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A descrição acima é do espectro da psicopatia, mas é difícil imaginar como age uma pessoa assim tão fria.
Jacob Wells, que é psicopata e sabe muito bem disso, respondeu a um tópico do Quora e contou, em detalhes, como costuma se comportar em sociedade.
“Eu geralmente me apresento como normal no começo”, diz ele. Quando está em ambiente acadêmico e conhece algum novo professor, geralmente ele segue um dos dois seguintes padrões: ou se passa por um bom estudante ou banca o aluno genial.
Quando quer bancar o universitário perfeito, faz questão de dar a entender que não percebe o quão incrível ele é.
Às vezes, em situações que sugiram competitividade, age de forma humilde, mas intimidadora. Nenhum desses perfis acadêmicos é o dele de verdade.
Uma vez que as pessoas acreditam que Wells é um cara de personalidade comum, ele começa a mostrar características reais a respeito do que é.
Assim, vai ganhando a confiança das pessoas de forma estratégica e cuidadosa – cada um de seus atos é totalmente calculado.
“Se ainda não fiz isso, vou começar a mostrar alguma inteligência de forma sutil, vou me comportar com um pouco de anormalidade, até porque isso é mais confortável, e vou tentar me tornar a pessoa mais interessante que eles conheceram apenas contando uma história verdadeira sobre mim mesmo”.
Segundo Wells, as pessoas tendem a enxergá-lo como alguém inteligente, excêntrico e relativamente normal. Ele conta também que busca sempre conquistar a confiança das pessoas e que, para isso, costuma se prontificar a fazer favores e tarefas que as outras pessoas consideram difíceis demais.
Extremamente manipulador, Wells se oferece para resolver os problemas dos outros, pois sabe que, dessa maneira, consegue ter uma noção dos limites morais de cada indivíduo.
Como exemplo, Wells conta que, quando alguém cuja confiança ele está tentando conquistar não gosta de um professor, por exemplo, ele manipula a realidade de modo que consegue prejudicar o professor, armando situações criminosas que teriam consequências graves ou “apenas” denegrindo a reputação do professor e o assustando.
Pela descrição comportamental de Wells, podemos perceber que todos os passos dele são calculados, de forma que qualquer coisa “boa” que ele faz para alguém é apenas uma forma maquiavélica de estar no controle de qualquer relação que venha a ter com alguma pessoa.
Outra tática sobre a qual Wells falou abertamente foi a troca de segredos.
Para fazer com que alguém conte a ele seus segredos, ele inventa histórias secretas sobre si mesmo, conta essas mentiras para a pessoa e, assim, conquista a confiança dela.
Uma vez que a “presa” confie inteiramente em Wells, ele começa a pedir favores ou pelo menos sabe que pode vir a pedir esses favores quando precisar.
De acordo com a Dra. Xanthe Mallett, antropóloga forense e criminologista especializada em comportamento de criminosos, o comportamento de Wells parece realmente ser típico de um psicopata.
Ela explica que psicopatas são capazes de criar laços fortes com as pessoas, ainda que não tenham qualquer envolvimento emocional. Tudo o que fazem é sempre pensando em alguma forma de conseguir benefícios para si.
Mallett explica também que, como não sentem empatia, eles são capazes de simular emoções com facilidade, mas isso não significa nem de longe que estejam envolvidos emocionalmente com alguém.
Encantadores, charmosos e bons de conversa, conseguem enganar com facilidade, mas, na maioria das vezes, não se importam com ninguém. Wells, pelo jeito, é a prova concreta disso.
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