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Como os humanos poderiam evoluir para outra nova espécie

Crédito da imagem: Micaela Parente/Unsplash

Os seres humanos podem evoluir para uma nova espécie?

Será que chegamos à etapa final da nossa evolução? Não para o antropólogo John Hawks, da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA). Um estudo conduzido por ele mostrou que as pressões ambientais e sociais nos trouxeram importantes e constantes modificações para a espécie humana ao longo dos últimos 40 mil anos.

Mais ainda: nos últimos 5 mil anos, a seleção positiva ocorreu a uma taxa cerca de cem vezes mais alta do que qualquer outro período. Geneticamente, nossa diferença em relação às pessoas que viveram há cinco milênios é maior do que a diferença entre elas e os neandertais. De acordo com o estudo, 7 por cento dos nossos genes estão em meio a um processo de evolução recente e acelerado.

Ao longo dos últimos 150 mil anos, tivemos muitas mudanças no corpo: nossas pernas ficaram mais compridas; os braços, mais curtos; nos tornamos mais altos; fisicamente, porém, mais fracos; e nosso cérebro aumentou de tamanho.

Mas essas modificações genéticas podem fazer com que o homem evolua para outra espécie?

Os pesquisadores acreditam que isso é bastante difícil de acontecer nos próximos milhares de anos. Nos animais com reprodução sexuada (que depende de um macho e uma fêmea para acontecer), como o ser humano, existem diferentes mecanismos que podem levar à formação de novas espécies.

Um deles é especiação geográfica, ou seja, quando surge uma nova espécie por que dois grupos da mesma espécie ficaram muito tempo isolados e sofreram mutações genéticas separadamente. Quando as barreiras geográficas somem, passaram-se tantas gerações que esses grupos já não podem cruzar entre si ou gerar descendentes férteis.

Para muitos cientistas, esse processo dificilmente vai acontecer com os humanos (a menos que as tentativas de povoar outros planetas prosperem). A dispersão geográfica é uma característica intrínseca da nossa espécie. Desde que surgiu na África, há não mais que 200 mil anos, a espécie começou a se espalhar por todos os continentes.

Nanotecnologia e microchips

Outro motivo para o surgimento de novas espécies é a existência de ambientes bastante diferentes dentro de uma mesma região, mesmo sem isolamento geográfico de uma parte da espécie. Foi o que aconteceu nos Grandes Lagos Africanos, onde cerca de 400 novas espécies de peixes surgiram num período inferior a 100 mil anos, por conta das mudanças climáticas.

Como o lago teve ambientes bastante heterogêneos (profundidades diferentes, bancos de areia, alimentos disponíveis) neste período, o contato sexual entre os peixes da mesma espécie diminuiu. Houve, por exemplo, mudança na coloração de alguns peixes, o que interferiu no “interesse” das fêmeas pelos machos e, por consequência, no comportamento reprodutivo.

Fonte:

UOL

[Humanos]

Categorias: Ciência
Davson Filipe: Davson Filipe é Técnico em Eletrônica, WebDesigner e Editor do Realidade Simulada - Blog que ele próprio criou com propósito de divulgar ciência para o mundo. Fascinado pelas maravilhas do universo, sonha em um dia conhecer a Nasa.
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