Os rostos humanos atuais são o resultado de milhões de anos de evolução. Com o passar do tempo, as expressões mudaram, deixando de ser intimidadoras para se se tornarem mais harmônicas, facilitando a convivência entre indivíduos semelhantes.
Em termos faciais, somos a espécie mais expressiva da Terra. Mas como será o rosto do futuro? Alguns especialistas dizem que existem indícios que podem responder a essa pergunta.
Nossos rostos se transformaram bastante desde que a espécie humana apareceu, diferenciando-se das feições de outros primatas com os quais partilhamos um ancestral comum.
“A forma básica do rosto humano surgiu há aproximadamente dois milhões de anos e as mudanças que aconteceram desde então acentuaram o encurtamento das feições”, disse Erik Trinkaus, professor de Antropologia da Universidade de Washington.
Uma das grandes mudanças está associada ao tamanho do cérebro. Sua evolução permitiu que o formato da face se encurtasse, oferecendo mais possibilidades expressivas, característica importante no desenvolvimento de seres sociais e cooperativos.
David Perrett, pesquisador da Universidade de Saint Andrews e autor do livro “In Your Face: The New Science of Human Attraction” diz que a dieta praticada pelos humanos muda constantemente e que isso também afeta o formato do rosto.
Especialistas acreditam que se o crânio humano continuar a evoluir, é possível que haja uma “juvenilização” nas proporções cranianas.
Isso levaria a um rosto menor, com órbitas oculares proporcionalmente maiores, um queixo de dimensões menores e uma abóbada craniana mais redonda e desenvolvida. Esse processo é conhecido como “neotenia”, que significa atingir o estado adulto mantendo as características juvenis.
Confira abaixo como seria o rosto do futuro:
Por outro lado, cresce a cada dia o controle que se tem sobre os genes e é até admissível pensar que, dentro de alguns milhares de anos, os indivíduos sejam “fabricados sob encomenda”, de acordo com as necessidades da sociedade. Aí, é impossível imaginar como serão.
Mas nem todos concordam com esse controle tão grande sobre a natureza. “Mudanças em fatores ambientais poderão forçar o aparecimento de características imprevisíveis”, diz o biólogo Walter Neves, da Universidade de São Paulo.
Já o paleontólogo Reinaldo Bertini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro, acredita que o passado fornece pistas para fazer previsões. “Há algumas tendências morfológicas que poderiam se manter na evolução”, diz ele.
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