Para responder à pergunta “o que seria da Terra se não existisse a Lua?”, primeiramente é preciso diferenciar duas situações hipotéticas muito diferentes.
A primeira delas é se a Lua jamais tivesse existido; e a segunda é se ela desaparecesse repentinamente.
Neste último caso, a luz lunar não iluminaria as noites terrestres, e assim animais e vegetais teriam comportamentos seriamente modificados, já que estão adaptados desde sempre ao ciclo do Sol e da Lua.
Mas uma das mudanças mais extremas seria dada pelas marés, que não desapareceriam, mas seriam solares, e, por isso, muito menores.
Com a água oceânica praticamente em calmaria, a vida marinha sofreria sérias consequências. Além disso, sem a Lua, o nível dos oceanos mudaria de tal modo que todo o clima planetário seria afetado.
A maior parte dos seres vivos não conseguiria se adaptar a essa mudança e pereceria. O eixo de rotação terrestre também mudaria se a Lua desaparecesse, já que depende dela em grande medida.
Em vez de inclinar-se a 23 graus, poderia chegar a uma inclinação de 40 graus, ou ainda maior, gerando uma grande mudança climática em pouco tempo.
E se a Lua jamais tivesse existido?
Se, em outra hipótese, a Lua nunca tivesse existido, o dia não contaria com 24 horas. Acontece que a Terra se formou há 4,6 bilhões de anos e a Lua há apenas 100 milhões.
A Terra não era rígida como agora, mas bem mais fluida, e girava muito mais rápido que hoje. Assim, um dia terrestre durava aproximadamente 6 horas.
Depois da formação da Lua, as marés geraram fricções que paulatinamente frearam o ritmo de rotação terrestre. Ainda hoje, o dia terrestre se prolonga cada vez mais, exatamente 1,5 milésimo de segundo a cada cem anos.
Com a Terra girando rapidamente, as correntes e ventos oceânicos seriam extremamente violentos, e o clima provavelmente teria dificultado o surgimento da vida.
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