Como surgiu o oxigênio na Terra?
Cientistas acreditam que há 2 bilhões de anos era impossível respirar na Terra. Nossa atmosfera estava cheia de gases tóxicos, como o metano.
Quem melhorou o ar foram microrganismos da época, chamados cianobactérias. Eles começaram a fazer fotossíntese e a liberar oxigênio. Levou cerca de 500 milhões de anos para o gás ocupar a atmosfera terrestre.
Apesar de a situação hoje ser outra, nem todo o planeta tem a mesma quantidade de ar disponível para respirar. Quanto mais alto se vai, menos oxigênio existe.
É o caso da cidade de La Paz (Bolívia), a capital maior altitude do mundo: 3.600 metros. O organismo dos habitantes de lá está adaptado ao ar rarefeito: o sangue deles tem mais glóbulos vermelhos, células responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo corpo.
Entenda melhor a relação entre oxigênio e altitude, começando pelo fundo do mar:
Seres humanos não conseguem respirar debaixo da água. Mas isso não quer dizer que não haja oxigênio nos oceanos e rios. Apenas não somos capazes de retirá-lo desses locais.
É diferente dos peixes, que precisam da água para respirar: ao invés de pulmões, eles têm brânquias, estruturas cheias de vasos sanguíneos que, em contato com a água, capturam o oxigênio dissolvido nela.
No nível do mar, respiramos com tranquilidade, pois a quantidade de oxigênio é adequada para a nossa sobrevivência na Terra.
Quanto mais alto se vai, menos oxigênio existe, pois o ar que respiramos fica menos denso, ou seja, com mais espaços vazios entre as moléculas que o formam.
É o chamado ar rarefeito. A partir de 2.800 metros de altitude, o organismo reage à falta de ar. A respiração fica mais rápida e profunda, e a frequência cardíaca aumenta para distribuir melhor o oxigênio para as células do corpo.
Depois dos 3 mil metros, a pouca quantidade de oxigênio nos faz começar a ter enjoos e dores de cabeça.
Ao passar dos 5.500 metros, a quantidade de oxigênio é cerca de metade do que estamos acostumados. E o ar rarefeito dificulta a propagação do som. Aí, não dá nem para gritar por socorro!
O cume do monte Everest (Ásia), a 8.848 metros, é o ponto mais alto da Terra. Por lá, só moram colônias de bactérias que, além de serem resistentes ao pouco oxigênio, suportam o frio extremo entrando em estado de dormência.
Poucos alpinistas chegaram ao topo do Everest sem usar tubos de oxigênio para respirar. E aguentaram ficar no local por cerca de apenas 1h30.
Se é tão difícil respirar no alto do monte Everest, como ficamos vivos dentro de aviões, que voam a cerca de 10 mil metros? Simples: o ambiente interno tem dispositivos que vão liberando oxigênio durante a viagem. Ufa!
Quanto mais avançamos rumo ao céu, menos ar existe. Até que, a partir de 500 quilômetros acima da superfície terrestre, chegamos à exosfera. Ela é a transição entre a atmosfera do nosso planeta e o espaço. Acima, já forma-se vácuo (ausência de ar).
Altura x altitude
Não confunda: altura é a distância entre dois pontos, como do chão até o topo de um prédio; e altitude é o tipo de altura que usa o nível do mar como referência de medida.
Fonte:
[Ciência]
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