Compostagem humana agora é uma prática aprovada nos EUA

Compostagem

A governadora de Nova York, Kathy Hochul assinou uma legislação para legalizar a compostagem humana, tornando o estado norte-americano o sexto a permitir esse método de enterro nos Estados Unidos. A informação é da agência de notícias Associated Press (AP).

Segundo a AP, Washington foi o primeiro estado norte-americano a legalizar a compostagem de restos humanos em 2019, seguido por Colorado e Oregon em 2021 e Vermont e Califórnia em 2022. O objetivo da prática é aumentar os espaços para cemitérios e gerar menos danos ambientais, em comparação aos enterros tradicionais e cremações.

O que é Redução Orgânica Natural

A compostagem humana, também conhecida como Redução Orgânica Natural (NOR, Natural Organic Reduction), é um método no qual restos não embalsamados são processados ​​e transformados em solo.

A Recompose, uma empresa com sede em Seattle, tornou-se a primeira casa funerária de compostagem humana com serviço completo nos Estados Unidos no início de 2021. A companhia coloca cada corpo em um “berço” junto com lascas de madeira, alfafa e palha.

Segundo o site da companhia, o “berço” é colocado em um recipiente maior e coberto com mais material vegetal. Micróbios que ocorrem naturalmente no material e em nossos corpos alimentam a transformação dos restos humanos em solo. Em 30 dias, a decomposição natural é finalizada.

O solo é, então, removido do recipiente, testado para itens não orgânicos, como implantes de quadril, e testado quanto à segurança. Por fim, é deixado secar por mais duas a quatro semanas.

Cada corpo cria um metro cúbico de solo, sendo que o processo começa com três metros cúbicos de material vegetal. Uma vez que a terra está completa após seis a oito semanas, as famílias podem levá-la para casa para usar em árvores e plantas ou doá-la para esforços de conservação.

Importância ecológica

De acordo com a Recompose, a compostagem humana é uma opção mais ecológica porque o processo não usa gás fóssil como a cremação, não requer o caixão nem os recursos do cemitério, e ainda sequestra o carbono à medida que o solo é criado.

Enterros tradicionais, por outro lado, tendem a ocupar espaço que poderia ser usado para vegetação, muitas vezes envolvendo materiais como aço, cobre e outros metais em caixões que não se biodegradam com o tempo.

O solo criado pela compostagem humana é um material valioso que pode ser usado para nutrir quintais, jardins floridos, árvores, plantas domésticas e ambientes naturais. Seu pH de 6,6 é ideal para a maioria das plantas.

Contudo, o processo pode não ser adequado para pessoas que mantém tradições religiosas específicas e indivíduos com doenças como tuberculose ou que passaram por tratamentos de radiação um mês antes de morrer, de acordo com Swenson.

Fonte:

Revista Galileu

[Biologia]